Inquérito sobre a morte do ator Jeff Machado é concluído pela Polícia Civil; veja detalhes

Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinicius da Silva Braga seguem presos acusados do crime

Bruno de Souza Rodrigues foi um dos acusados pela morte de Jeff Machado, que foi enganado por ele após promessas de um papel em novela Foto: reprodução/redes sociais

O inquérito sobre o desaparecimento, assassinato e ocultação de cadáver do ator Jeff Machado, morto em janeiro deste ano, foi concluído pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) do Rio de Janeiro. Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinicius da Silva Braga foram indiciados como autores do crime e seguem presos.

A conclusão mostra que o artista foi morto por motivo fútil após ter sido dopado, asfixiado e estrangulado com um fio de telefone. O crime aconteceu na casa onde ele morava, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio.

Ainda conforme as investigações, o corpo foi colocado em um baú, enterrado e concretado nos fundos de um imóvel no bairro Campo Grande, alugado por Bruno ainda em dezembro de 2022, com o intuito de ter um local para ocultar o cadáver.

Conforme os detalhes do inquérito, a morte de Jeff ocorreu no dia 23 de janeiro e o desaparecimento do ator foi registrado quatro dias depois, já que parentes e amigos estranharam a falta de contato.

A prisão de Jeander Vinicius da Silva Braga ocorreu no dia 2 de junho, no bairro de Santíssimo, Zona Norte do Rio, enquanto o produtor Bruno de Souza Rodrigues foi detido no Vidigal, na Zona Sul da capital, no dia 15 de junho. A ação, inclusive, foi realizada em conjunto entre agentes da DDPA, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e de policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Vidigal.

CONCLUSÕES

O trabalho investigativo da polícia aponta que Bruno havia prometido para a vítima o papel em uma novela. Por conta disso, o ator fez pagamentos, de R$ 25 mil, para conseguir a vaga. Concluindo que não conseguiria seguir com a farsa para obter vantagens financeiras, Bruno decidiu matar Jeff.

Já Jeander foi o responsável por transportar o corpo do ator até o imóvel alugado, além de abrir o buraco onde foi depositado o baú com o cadáver.

A conclusão da DDPA mostra que Bruno ainda tentou vender o carro de Jeff, também realizando compras de R$ 7 mil no cartão da vítima. Após o crime, os autores furtaram telefones, notebook, jaquetas de couro e a televisão do ator.

CRIME ENCOBERTO

Com a morte de Jeff, os cachorros do ator foram levados a um centro espírita no bairro Palmares, no Rio, onde sofreram maus-tratos e foram jogados na rua. A situação intrigou os familiares, que não sabiam do crime e desconfiaram do abandono, já que Jeff era muito cuidadoso com os oito animais.

Além disso, Bruno manteve contato com amigos e familiares da vítima se passando por Jeff. Ele utilizou as redes sociais para manter conversas falsas e postagens como se o ator ainda estivesse vivo.

Com a conclusão do inquérito, Bruno de Souza Rodrigues foi indiciado por oito crimes: homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, asfixia e por impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver; estelionato e tentativa de estelionato; furto; invasão de dispositivo informático; maus-tratos a animais e falsa identidade.

A DDPA ainda indiciou Jeander Vinicius da Silva Braga por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, asfixia e por impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver e maus-tratos a animais.

Fonte: Diário do Nordeste

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