Chegou a semana tão esperada pelo presidente Lula. O Banco Central vai, enfim, reduzir a taxa Selic, que serve de referência para o mercado, hoje em 13,75% ao ano. A dúvida é se o corte será de 0,25 ou 0,50 ponto percentual.
O Palácio do Planalto não vai se conformar se o corte não for de 0,50 ponto percentual. A avaliação é que o BC tem condições, pela queda da inflação acima do previsto, de fazer a redução nesse patamar, podendo fechar o ano com a taxa em 11,75% ao ano.
Será a primeira reunião com a participação dos dois diretores do Banco Central indicados por Lula, Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino. Outra dúvida é se o placar da redução de 0,25 ou 0,50 será unânime ou com divergências.
No mercado, alguns economistas falam na possibilidade de um corte ainda maior, de 0,75 ponto percentual, mas uma inflação de serviços ainda resiliente não endossa esse caminho pelo Banco Central.
Há uma expectativa dentro da área econômica de que a decisão do Copom seja unânime, afastando qualquer especulação de que o Banco Central está dividido, e ficaria ainda mais com a chegada de Galípolo e Aquino para a direção da instituição.
Na última reunião, houve divergência sobre a possibilidade de corte no encontro desta semana. Cinco diretores se mostraram favoráveis. Três, não. Agora, a decisão pode ser unânime. Pelo corte, com certeza. A dúvida é o tamanho.
O governo espera que, no ano que vem, a taxa esteja bem inferior a 10%, ficando abaixo dos dois dígitos e garantindo a volta mais forte do mercado de crédito, essencial para o país crescer. Em 2024, as previsões são de um crescimento abaixo do que será registrado neste ano, previsto entre 2% e 2,5%.