Após a eliminação do Brasil da Copa do Mundo na Austrália, Marta anunciou sua despedida da competição. Com 37 anos e seis Copas no currículo, a maior artilheira da história do torneio falou da renovação da Seleção e do apoio necessário para que as meninas continuem a trilhar um bom caminho. Isso não significa ainda pendurar as chuteiras oficialmente. Mas ela já começa a pensar nos planos futuros.
“Tenho planos, sim, lógico. Sempre falei que quando parasse de jogar eu queria continuar envolvida no futebol de alguma maneira, ajudando a desenvolver a modalidade”, disse Marta em entrevista à Ronaldo Fenômeno, que quis logo deixar em aberto convites para a jogadora em qualquer área que ela queira atuar.
Com o lado profissional bem resolvido, a atleta tem um sonho ainda maior no campo pessoal.
“Sonho também em ser mãe. A prioridade assim que parar de jogar e pendurar as chuteiras vou trabalhar de realizar esse sonho. Tem que continuar (o legado). Alguém tem que continuar pagando as contas”, brincou Marta, aos risos.
A entrevista com Ronaldo foi gravada às vésperas do Mundial e publicada há dois dias.
“Eu sou fã da Marta e a resenha foi sensacional! Esse será seu último Mundial, sei o quanto a despedida é emocionante. Estou daqui na torcida e, como disse a ela, com todas as portas dos meus clubes abertas para o seu pós-carreira”, disse Ronaldo, em comunicado oficial.
A despedida
Com a saída precoce do Brasil ainda na fase de grupos da Copa do Mundo, Marta deu uma entrevista à TV Globo em que falou sobre o fim da carreira dela em competições mundiais.
“Marta acaba por aqui, estou grata pela oportunidade que tive, e muito contente com tudo isso que vem acontecendo com o futebol feminino do nosso Brasil e do Mundo. Para mim é o fim da linha agora, para elas só o começo”.
A jogadora pediu apoio da torcida para o time que está se formando e lembrou que os jogos Olímpicos de 2024 estão chegando aí.
“Confio no trabalho feito, tenho total convicção se der continuidade vai dar certo. Temos que nos apegar às coisas positivas, os familiares, o apoio ao futebol feminino. Entramos como favoritas e não fizemos o suficiente para sair com a vitória. Temos talento, uma equipe forte, mas não deu certo hoje. Agora é levantar a cabeça. Elas têm chão pela frente e não pode jogar pedra no primeiro obstáculo que aparece”.