A eliminação precoce do Flamengo nas oitavas de final da Libertadores coloca em xeque, mais uma vez, a sequência do técnico Jorge Sampaoli no comando da equipe.
O desempenho em campo contra o Olimpia escancarou problemas que, se enumerados, evidenciam que há claros sinais de risco de uma continuidade até o fim da temporada.
O técnico tem contrato até o fim de 2024, e tem respaldo da diretoria desde que se reuniu com o vice de futebol Marcos Braz após o caso de agressão ao atacante Pedro.
Quais razões minam a sequência de Sampaoli?
- Arrogância: Sampaoli é visto internamente como um profissional arrogante, que não aceita sugestões, e fala pouco, a não ser com a sua comissão técnica.
- Mesmo assim, em alguns momentos o treinador é sarcástico com os atletas, solta piadas, brinca em treinos de maneira sarcástica, ainda que não tenha tanto ambiente para isso.
- O argentino tem perfil distante, mas também não abre mão de críticas na entrevista coletiva.
- Sampaoli não é paternal com os atletas. Tem outra cultura, típica dos argentinos, que normalmente se fecham entre os seus.
- O treinador irrita o elenco por não deixar claro com quem ele conta. E também por não dar escalações com antecedência aos próprios atletas, que só ficam sabendo no dia do jogo.
- O perfil de Sampaoli é de quem não dá carinho e também não cobra de forma clara. Faz de maneira velada, sem desenvolver uma relação de confiança com o grupo.
- Não repete escalação. São 30 jogos e 30 times diferentes. Há surpresa e queixas dos atletas por não saberem quem é o time titular, o time A, o time B. Não há diálogo nesse sentido.