A Justiça alagoana determinou a internação provisória no Centro Psiquiátrico Pedro Marinho Suruagy, localizado no complexo prisional, de José Heleno da Silva, acusado de assassinar ontem (10) o filho com deficiência física e jogar o corpo no quintal de casa em São José da Laje, zona da mata alagoana.
A decisão foi tomada nesta sexta-feira, 11, pelo juiz da Vara Plantonista da 5ª Circunscrição, José Alberto Ramos, durante audiência de custódia.
Durante a audiência, o acusado permaneceu algemado por solicitação dos agentes de polícia com o intuito de manter a segurança do próprio José Heleno e de terceiros. Consta nos autos que a formulação de questionamentos ao custodiado ficou prejudicada por causa da impossibilidade de compreensão e comunicação. Com isso, o Ministério Público Estadual opinou pela internação provisória do acusado para o Manicômio Judiciário, que foi acatada pelo magistrado.
“Determino a internação provisória do autuado José Heleno da Silva, qualificado nos autos, no Centro Psiquiátrico Pedro Marinho Suruagy, localizado no complexo prisional alagoano em Maceió, local onde deverá ser submetido com urgência a exame médico pericial a fim de aferir sua capacidade de discernimento. Expeça-se com urgência mandado de internação provisória com prazo de validade inicial em noventa dias, para fins exclusivamente documentais, sem prejuízo de nova análise, em período inferior, da pertinência da manutenção ou prorrogação da internação”, diz o juiz na decisão.
Na manhã de ontem, o jovem de 27 anos, Givanildo Belarmino, com deficiência física, foi assassinado pelo próprio pai no povoado Caldeirões, na cidade de São José da Laje, na Zona da Mata alagoana. As informações iniciais dão conta que José Heleno matou a vítima com golpes de facão, jogou o corpo no quintal e se dirigiu à cozinha para preparar comida.
A Polícia Civil de Alagoas, que investiga o caso, informou que o autor possui problemas psiquiátricos e já havia sido autuado em outra situação, quando também agrediu uma enfermeira em um hospital da cidade. Informações sobre a motivação do crime ainda não foram repassadas pela polícia.
Matéria baseada no processo de número 0700319-68.2023.8.02.0072.
Jovem com deficiência tem pescoço cortado e corpo jogado no quintal; pai é acusado de crime