A convocação de Antony pelo técnico Fernando Diniz para os amistosos da seleção brasileira não foi bem digerida por Gabriela Cavallin. A DJ, ex do atacante, move um processo contra ele por agressão. Após a relação de jogadores ser divulgada, Gabi se manifestou.
“Por isso o Brasil é uma piada para outros países… triste. Porque no Brasil, um jogador investigado por envolvimento em aposta é afastado e um que bate em mulher não é? Bom, vamos à justiça da Inglaterra. Garanto que isso vai mudar rápido”, publicou ela em seu perfil no Instagram.
A DJ ainda contou que, além do processo movido no Brasil, com mais de 70 páginas contendo prints de conversas e fotos dos machucados que teriam sido praticados por Antony, uma outra medida está sendo tomada na Justiça britânica.
“Graças a Deus o escritório do meu advogado adicionou uma advogada da Inglaterra no caso e segunda-feira ela vai até a delegacia com a petição já traduzida (de mais de 70 páginas de provas, prints, áudios e vídeos) e em questão de dias, com toda certeza, a justiça da Inglaterra tomará medidas severas, sem conversinha. Demoramos para entrar com o processo em Manchester pois tudo precisava ser traduzido, mas chegou a hora”, avisa.
Para reforçar as acusações e relembrar o caso, Gabi ainda mostrou um print que acredita servir como prova nos processos. Nele Antony pede perdão pela última briga, com socos e chutes, que tiveram.
“Uma das 500 provas que estão no inquérito… ‘ah, mas ele não te bateu’. Não? Por que pediu perdão então quando falei que me devia perdão pelos chutes e pelas agressões?”, questionou ela antes de postar a conversa dos dois.
O início do fim
“Vivi um conto de fadas no início e no fim meu maior trauma”, avalia Gabi, que jura não ter percebido os primeiros sintomas de um relacionamento abusivo quando era proibida de falar com amigas ou sair sem que ligasse a câmera do celular para que Antony se certificasse de que não havia homens ao seu redor.
A suposta insegurança do jogador passou a refletir na relação. Gabi conta que foram várias as agressões que sofreu. “Ele se descontrolava, virava bicho, depois chorava, pedia perdão, era carinhoso. Eu acreditava na mudança dele”, confessa, quase envergonhada: “Minha mãe me avisava, minhas amigas, mas eu não acreditava que ele fosse capaz de fazer algo mais sério comigo, algo mais grave. Hoje vejo que eu estava errada”.
Agora ela aguarda os próximos trâmites do processo criminal que move contra ele no Brasil e em breve entrará com a mesma petição na Inglaterra, onde reside Antony, que atua pelo Manchester United. No momento, ela está em Londres para acompanhar de perto tudo: “As leis aqui são mais rigorosas com esse tipo de caso, além de eu ter sido agredida aqui no país. É aqui também que estão o clube, os patrocinadores. Quero que ele não saia impune disso”.
A última agressão deixou marcas e sequelas físicas, além das psicológicas. Mas foi determinante para que Gabi tomasse uma decisão. “Ali percebi que nunca mais deixaria que ele encostasse a mão de novo em mim. Ele não deixava eu sair para ir ao hospital. E falei ou me deixa ou vai ter que me matar e sumir com o corpo”, relata.
Aos 22 anos, ela diz que não poderá trabalhar tão cedo mais como DJ porque teve um dos dedos quebrados e vai passar por uma cirurgia. Talvez volte a cursar Direito de onde parou. No momento, quer se reconhecer.
“Chegou a um ponto que eu não podia mais falar o que sentia, ser quem eu quisesse, ter amigos, projetos, planos.perdi contratos, pessoas próximas, descobri que amigas minhas foram amantes dele em muitos momentos, saí dessa relação sem saber quem eu sou. Eu preciso e quero me reencontrar, saber o que ainda gosto e quais são meus sonhos”, enumera ela, que não se imagina numa nova relação tão cedo: “Sou jovem solteira, independente e estou vivendo momentos, mas para um relacionamento nem sei se estarei pronta de novo. Não sei mais o que é confiar”.
