Em cumprimento a determinação judicial, a nova eleição da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) aconteceu nesta terça-feira (22), com a chapa única Resiliência e União. Após a eleição, o presidente eleito, Adeildo Sotero, tomou posse. O processo transcorreu na sede da entidade com a presença de representantes do Ministério Público do Trabalho e contou com cinco dos oito representantes dos sindicatos filiados à Fecomércio, pois três não compareceram. Adeildo foi eleito com cinco votos.
Adeildo Sotero foi eleito presidente da Fecomércio em maio de 2022, pela chapa União e Progresso. Apesar do resultado legítimo e favorável a ele, o agora ex-presidente José Gilton Pereira Lima, que concorreu à reeleição com a chapa Unidos por Alagoas, se recusou a entregar o cargo.
O caso foi para justiça e, após analisar os autos, o desembargador federal do Trabalho, Laerte Neves de Souza, constatou que a União e Progresso, encabeçada por Sotero, “sofreu vários obstáculos à sua inscrição ao pleito eletivo do quadriênio 2022/2026, impostos não apenas pela Comissão Eleitoral Especial da Fecomércio, como também pela chapa Unidos por Alagoas, a qual se declarou vencedora do sufrágio por meio de seu presidente José Gilton Pereira Lima, o qual se manteve na direção da entidade mesmo sendo vencido na eleição”.
No último mês de junho, a partir de uma decisão da Justiça do Trabalho, foi constituída uma junta governativa, presidida pelo empresário Kennedy Calheiros, composta por um representante de cada entidade sindical filiada à Fecomércio com o propósito de administrar a entidade até a nova eleição, ocorrida nesta terça-feira. Quando a diretoria da Fecomércio foi destituída, estava sendo conduzida por Nilo Zampieri Júnior, então vice-presidente de Gilton Lima, que pediu afastamento.
Durante o processo, foi comprovado que os integrantes da Unidos por Alagoas ocuparam a Fecomércio de forma irregular. O processo de eleição que culminou na indicação de Sotero como presidente da Fecomércio foi conduzido e fiscalizado pelo Ministério Público do Trabalho. A diretoria estará à frente da Federação do Comércio até 2026.
O processo da chapa Resiliência e União foi conduzido pelo advogado Pedro Leão, do escritório CM&T Advocacia, em parceria com o escritório Ferraz dos Passos Advocacia e Consultoria, em Brasília.
