Kallyca Correia
A mulher, suspeita de praticar crime de vilipêndio de cadáver ao cortar os cabelos da manicure Carolaine Correia dos Santos, assassinada por engano na semana passada, foi ouvida pelo delegado Rômulo Andrade, titular da Delegacia Regional de Penedo.
Ele esteve na delegacia acompanhada de um advogado e apresentou laudos médicos atestando que passa por tratamento psicológico.
“Ouvimos esta mulher. Ela veio com advogado e ele trouxe laudos médicos alegando que ela está passando por tratamentos psicológicos Ela diz que era amiga de Carolaine desde criança e que ficou muito abalada com a morte. Com isso, quis pegar o cabelo e dar a mãe como recordação. O estranho é que ela ao ser expulsa do local por conta de sua atitude disse que a família agradeceria a ela pelo resto da vida o que ela tinha feito. A Polícia Civil segue com as investigações e busca uma motivação lógica para tais atos. Precisamos saber se ela tinha consciência do que estava fazendo, se tinha a intenção de menosprezar ou desrespeitar o cadáver. Tudo isso ainda será apurado no decorrer do inquérito policial”, informou o delegado.
Esta semana, o delegado ouviu ainda amigos e familiares de Carolaine Correia. “Colhemos depoimentos de amigos e familiares da vítima. Eles contaram que a mulher esteve na casa da família se apresentando como amiga de Carolaine. Ela se ofereceu para ir à funerária para agilizar a liberação do corpo. A família achou que não tinha nenhum problema e autorizou. Na funerária, ela tinha outro interesse. A mulher se apresentou como irmã de Carolaine, pediu acesso ao corpo e disse que queria cortar o cabelo da manicure como lembrança. Ela cortou o cabelo e retornou a casa da família, onde será realizado o velório. Chamou a mãe em particular e mostrou o cabelo alegando que era para guardar de recordação, fazer doação ou um mega hair. A família chocada com a atitude expulsou a mulher do local. Em seguida, o cabelo foi colocado no caixão de Carolaine”, relatou o delegado.
Carolaine Correia, conhecida como Kallica, foi assassinada a tiros na tarde do dia 15 de agosto deste ano na rua Pernambuquinho, no conjunto Camartelo, Centro de Penedo. Ela conversava com uma amiga na porta de uma residência quando percebeu a aproximação de três homens, sendo dois portando arma de fogo. O terceiro elemento falava ao celular e chegou a perguntar na conversa se o alvo era uma pessoa magra ou gorda. Com a movimentação estranha, ela resolveu correr, acabou sendo perseguida e assassinada.
Segundo informações da Polícia Civil, a vítima não tinha nenhum envolvimento com o tráfico de drogas e o alvo seria uma outra mulher.
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