A sueca Pia Sundhage foi demitida nesta quarta-feira (30) do posto de treinadora da seleção brasileira feminina de futebol.
A decisão da alta cúpula da CBF acontece quase um mês depois da eliminação do Brasil ainda na fase de grupos da Copa do Mundo feminina, sentenciada no empate por 0 a 0 com a Jamaica.
O contrato da estrangeira era válido até o meio de 2024, já que o plano inicial era que ela comandasse a equipe canarinho nos Jogos Olímpicos de Paris. Essa, inclusive, era a vontade de Pia.
A treinadora desembarcou no Brasil na terça (29) e foi à sede da CBF para um encontro com o presidente Ednaldo Rodrigues. Na conversa, Pia demonstrou o desejo de continuar.
No entanto, a avaliação negativa da Confederação sobre os últimos meses de trabalho de Pia, como revelou a ESPN na semana passada, acabou levando à demissão da técnica.
“Encerramos a partir de hoje o trabalho de Pia com a CBF. Quero agradecer a ela e a todos aqueles que conviveram e fizeram parte da comissão técnica da seleção brasileira feminina”, anunciou o presidente, ao site da CBF.
“Pia trouxe também, nesse período de 2019 até aqui, um trabalho que, para a CBF e para o futebol brasileiro como um todo, foi muito importante. Desejamos a ela, em seus novos desafios, todo o sucesso”.
A sueca deixa a seleção brasileira após quatro anos (havia chegado em 2019), tendo conquistado dois títulos: Torneio Internacional de Futebol Feminino (2021) e Copa América feminina (2022).
Quem assume?
A diretoria da CBF já tem um grande favorito para assumir a seleção. Trata-se de Arthur Elias, de 42 anos, que vem se destacando nos últimos anos na equipe feminina do Corinthians.
Segundo apurou a ESPN, o primeiro contato entre Ednaldo Rodrigues e Duílio Monteiro Alves, presidente do Timão, já foi feito.
O mandatário da CBF ligou para o colega corintiano para sondar a situação do técnico e ressaltou que não queria prejudicar o clube.
No entanto, Duílio deu aval para que Ednaldo falasse diretamente com Arthur Elias, por entender que o técnico merece a oportunidade.
Elias despertou a atenção no cenário nacional ao ser campeão do Brasileirão feminino de 2013 pelo Centro Olímpico, em seu primeiro grande título como comandante.
Depois, ele chegou ao Timão em 2016, época em que o futebol feminino do time paulista era gerido em parceria com o Audax.
Somando as taças por Audax/Corinthians e Corinthians “solo”, Arthur tem uma galeria de troféus de dar inveja.
Ao todo, ele ganhou três Libertadores, quatro Brasileiros, uma Copa do Brasil, três Paulistas, uma Copa Paulista e duas Supercopas do Brasil.
Individualmente, ele faturou o prêmio Bola de Prata ESPN Sportingbet como melhor técnico dos Brasileiros de 2021 e 2022.