A Defesa Civil Municipal está investigando se rachaduras identificadas em ao menos três imóveis foram causadas pelos tremores de terra registrados nos últimos dias em Arapiraca, no Agrestre alagoano. A informação foi confirmada, nesta sexta-feira (1º), pela Assessoria de Comunicação do órgão.
Os imóveis estão localizados no bairro Olho d’Água dos Cazuzinhas, próximo ao epicentro do tremor, entre a AL-115 e o Residencial Brisa do Lago. Segundo a Defesa Civil, o morador de uma delas acionou o órgão visto que a casa dele não apresenta qualquer problema estrutural, com exceção de trincas no forro de gesso, que segundo o morador não existiam antes do tremor.
A segunda casa foi interditada pela Defesa Civil há mais de um ano, por possíveis problemas construtivos do imóvel. Á época, a moradora foi encaminhada para aluguel social e o imóvel é constantemente monitorado. A terceira casa está em avaliação.
A Defesa Civil ressalta que, a partir dessa interdição e com o andamento das análises técnicas, vai avaliar se esses problemas que já são registrados na região estão relacionados aos tremores.
O caso – O primeiro tremor foi registrado no dia 25 de agosto, por volta das 16h30, em Arapiraca, Craíbas e Lagoa da Canoa. O fenômeno foi registrado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP). Segundo o site do órgão, o tremor teve magnitude de 2.1 na escala Richter. Há o registro ainda de latitude a 9.78°S e longitude a 36.68°W.
Segundo a UFRN, os eventos sísmicos aconteceram por volta das 16h25 em Arapiraca e teve magnitude preliminar calculada em 1.5 na escala Richter. Já em Belo Monte, o tremor aconteceu por volta das 18h09 e aponta magnitude preliminar calculada em 1.7 mR. O laboratório sísmico informou que segue monitorando as atividades sísmicas em Alagoas.
No terça-feira (29), a Defesa Civil de Arapiraca, a Defesa Civil Estadual e a Defesa Civil de Maceió realizaram a primeira visita técnica ao local apontado como epicentro dos tremores. Durante o estudo inicial, os membros dos órgãos fizeram uma análise visual do local. Nesta inspeção, os técnicos visitaram o local para verificar as possíveis causas e patologias. O Serviço Geológico do Brasil também participará das investigações.