Associação de prostitutas tem protocolo para atender vítimas de exploração sexual: ‘não apoiamos o crime’

A instituição se pronunciou após o quarto caso de denúncia de exploração de adolescentes em situação de vulnerabilidade em hotéis de BH.

A Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aspromig) afirmou ser contra qualquer tipo de exploração sexual infantil dentro de hotéis de prostituição em Belo Horizonte.

Ilustração

O anúncio, feito pela presidente da entidade, Cida Vieira, vem após o quarto caso de denúncia de exploração de adolescentes em situação de vulnerabilidade.

Entre terça (29) e quinta-feira (31), quatro meninas com idades entre 12 e 17 anos foram resgatadas pela polícia no Centro de BH após serem exploradas sexualmente. Todas elas fugiram de abrigos de proteção à criança e adolescente.

A Aspromig reforça que já existe um protocolo de proteção às vítimas que é utilizado assim que são localizadas.

“Quando há casos assim, acolhemos essas meninas e fazemos, primeiramente, a escuta. Depois, ajudamos a vítima com a documentação. Não seremos cúmplices de crimes”, afirmou Cida Vieira.
Ainda segundo a presidente, ainda é preciso entender como essas adolescentes chegam aos pontos de prostituição e porque os estabelecimentos não estão atentos a idade dessas vítimas.

Violência

Cida acredita que a primeira violência contra elas acontece logo que saem da proteção dos abrigos, e que a Associação vai começar a trabalhar mais intensivamente com o controle de entrada dessas vítimas nos hotéis da capital.

“Já há tanto preconceito e violência por sermos mulheres, que é agravado por causa da nossa profissão. Somos violentadas por sermos trabalhadoras sexuais. Por isso reforçamos que jamais apoiaremos esse crime, trabalhamos para ajudar a proteger essas meninas”, contou.

A Polícia Civil investiga se há uma rede de exploração sexual infantil por trás desses crimes. Cidadãos também pode ajudar a denunciar esses crimes por meio do Disque Denúncia, 181.

Fonte: g1 MG

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