O laudo pericial da ex-modelo Dalliene de Cassia Brito Pereira, encontrada morta no apartamento que morava na Zona Sul de São Paulo, aponta que a morte ocorreu por asfixia, causada por overdose de cocaína.
O corpo da mineira foi achado por uma amiga de infância, deitado na cama e com vários hematomas, no dia 1º de julho. A amiga afirmou que chegou a ouvir barulhos dentro do apartamento, mas Dalliene não a atendeu. Um vizinho também afirmou que ouviu barulhos e pedidos de socorro.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) ainda aponta que no sangue de Dalliene havia benzoilecgonina, ecgonina e stermetilecgonina – substâncias também encontradas na cocaína.
Nesta quarta-feira (6), o g1 contatou a Polícia Civil de São Paulo para esclarecer sobre os hematomas, os gritos ouvidos do apartamento e os próximos passos da investigação e aguarda retorno.
Quem era Dalliene?
Dalliene de Cássia Brito Pereira tinha 21 anos e nasceu em Uberaba. Há um ano e meio, ela se mudou para São Paulo para tentar a carreira de modelo, mas desistiu da área e passou a estudar e trabalhar no ramo da administração.
Em junho, a jovem passou as férias da universidade com a família na cidade natal. Ela retornou para a capital paulista dez dias antes de morrer.
“Ela conseguiu um emprego nessa área e estava muito feliz, empenhada. Estava fazendo curso de conversação em inglês, curso de oratória, se destacando na empresa. O sonho dela era trabalhar em uma empresa, toda de terninho, maquiada, bem arrumada”, contou ao g1 a mãe de Dalliene, Valéria Alves Brito.
Os últimos passos de Dalliene
Dalliene esteve em um posto de combustível na Zona Sul de São Paulo, próximo ao local onde morava, às 21h43 do dia 30 de junho, poucas horas antes de ser encontrada morta.
Câmeras de segurança do estabelecimento registraram o momento em que a jovem entrou na loja de conveniência para comprar cigarro (assista abaixo). Na saída, ela conversou rapidamente com funcionários do posto e foi embora.
Como ela foi encontrada?
O corpo de Dalliene foi encontrado por volta das 6h45 pela colega de apartamento e amiga de infância, Brunna Ysabelle Gondim. Nas redes sociais, Brunna lamentou a morte de Dalliene.
Segundo o relato de Brunna à Polícia Militar (PM), no início da manhã, ela foi ao apartamento, no 9º andar, e tentou abrir a porta, que estava trancada. Segundo a testemunha, as duas moradoras tinham apenas uma chave e a porta costumava ficar aberta, sendo trancada apenas quando ambas estavam em casa.
Por não ter resposta, a testemunha voltou para a loja de conveniência, de onde tentou contato com o síndico do condomínio e a Polícia Militar (PM) foi acionada. Conforme a ocorrência, a testemunha autorizou que a porta fosse arrombada.
Ao entrar no quarto, Brunna encontrou o corpo de Dalliene em cima da cama, sem as roupas e de braços abertos. O rosto estava tampado com um travesseiro, e os punhos apresentavam alguns hematomas.