Você já ouviu falar sobre o “lagarto Jesus Cristo” ou o “Jesus Christ lizard”? Se você já ouviu ou mesmo já o viu, talvez não conheça a fascinante história por trás desse apelido e as incríveis habilidades desse pequeno réptil, conhecido cientificamente como basilisco.
Os basiliscos são animais de pequeno porte, embora algumas espécies possam chegar a impressionantes 75 cm de comprimento. Esses répteis são frequentemente encontrados próximos a rios e lagos, onde passam a maior parte do tempo em cima de galhos ou sob a vegetação. Essa preferência por áreas aquáticas é em parte uma estratégia para se protegerem de seus principais predadores, que incluem aves de rapina, serpentes e pequenos mamíferos.
O que torna o basilisco verdadeiramente único é sua incrível habilidade de fugir do perigo iminente caminhando sobre a superfície da água, o que lhe rendeu o apelido de “lagarto Jesus Cristo” em inglês.
A história por trás desse nome curioso tem uma conexão com os Evangelhos de Mateus e João, onde é relatado que Jesus caminhou sobre as águas do Mar da Galileia durante uma tempestade, enquanto seus discípulos estavam em um barco. Esse evento é frequentemente interpretado como um milagre que demonstra o poder divino de Jesus e sua capacidade de controlar a natureza. Assim, a referência ao “lagarto Jesus Cristo” que anda sobre as águas é uma interpretação humorística e criativa desse fenômeno natural.
Mas como exatamente o basilisco consegue esse feito extraordinário? A resposta está na combinação de sua anatomia e velocidade. O basilisco possui patas traseiras com dedos longos que possuem uma estrutura semelhante a uma franja. Quando o lagarto atinge a água, essa estrutura se desdobra e cria bolhas de ar que funcionam como uma espécie de almofada de sustentação, permitindo que o basilisco “ande” sobre a água.
Durante sua corrida evasiva, seus pés se movem com uma força e rapidez tão incríveis que eles nunca afundam mais do que alguns centímetros na água. Para se ter uma ideia da proeza do basilisco, um ser humano precisaria correr a uma velocidade vertiginosa de 104 quilômetros por hora para realizar algo semelhante.
Então, se algum dia você tiver a sorte de se deparar com um basilisco em ação, esteja preparado para testemunhar um espetáculo da natureza que, embora não seja um milagre divino, é certamente uma façanha digna de admiração.
