Mulher confessa que guardava corpo na geladeira havia 7 anos, diz polícia

O cadáver foi descoberto por oficiais de justiça durante uma ação de despejo. A mulher foi ouvida e está presa por suspeita de ocultação de cadáver e também por maus-tratos contra a filha de quatro anos.

Geladeira onde corpo foi encontrado em Aracaju — Foto: Arquivo Pessoal

A técnica de enfermagem de 37 anos, que foi presa suspeita de ocultar o cadáver de um homem com quem tinha um relacionamento, e também de maus-tratos contra a filha de quatro anos, prestou depoimento à Polícia Civil e informou que a vítima teria morrido em 2016, mas negou ter cometido o homicídio. O corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição dentro de uma mala na geladeira de um apartamento do Bairro Suíssa, na Zona Sul de Aracaju, nessa quarta-feira (20), após uma ação de despejo.

“A mulher confessou que havia guardado o corpo daquele senhor dentro da geladeira. Ela fala que não matou a vítima e que teria saído para trabalhar e encontrado o homem morto. Por medo, ela guardou o corpo na geladeira”, disse a delegada Roberta Fortes.

A identidade da vítima está sendo apurada. “Nós tivemos informações de quem poderia ser a vítima. A presa confessou quem seria a pessoa, que teria tido um relacionamento amoroso com ele, mas ainda vão ser feitos exames periciais para comprovar se é a real identidade”, acrescentou a delegada.

Quando oficiais de justiça chegaram ao apartamento para cumprir a ordem de despejo, a porta foi arrombada e a mulher foi encontrada em um dos cômodos, desacordada e sangrando. A informação é que a ela teria tentado contra a própria vida após saber que seria despejada.

A criança, que não estava ferida, foi encontrada sentada em um sofá, assistindo um vídeo em um celular. Ela foi retirada do apartamento pelo Conselho Tutelar.

A suspeita recebeu atendimento médico e foi levada para prestar depoimento. Ela deve passar por audiência de custódia na tarde desta quinta-feira (20).

Lixo e entulhos pelo apartamento

A mulher está sendo acusada por maus-tratos contra a criança porque o apartamento estava situação de insalubridade. Sujeira e objetos se espalhavam pelo imóvel. Segundo um vizinho da suspeita, ela morava no local há cerca de 12 anos e não costumava receber visitas, mas também não levantava suspeitas.

A delegada Roberta Fortes disse que outros vizinhos informaram que o apartamento tinha odor de lixo, mas o mau cheiro do corpo não era sentido.

Situação do imóvel onde mãe estava com filha de quatro anos e corpo — Foto: Arquivo Pessoal
Fonte: G1 SE

Veja Mais

Deixe um comentário