A Justiça alagoana decretou, nessa segunda-feira (02), a prisão preventiva do homem suspeito de estupro de vulnerável contra as três filhas, em um povoado de Coruripe, no Litoral Sul de Alagoas. O caso veio à tona na semana passada, quando o Conselho Tutelar recebeu denúncia da escola em que as menores estudam.
A prisão foi acatada após denúncia do Ministério Público de Alagoas, que também pediu a suspensão do poder familiar com acolhimento institucional de duas das meninas – de 11 e 14 anos, fruto do atual relacionamento do acusado e que moravam com ele.
Segundo o MPAL, inicialmente, as duas foram encaminhadas para a casa da avó, na expectativa de que estivessem seguras. No entanto, o pai, apesar de ter sido informado de que não poderia entrar em contato com as filhas, continuou enviando mensagens e ameaçando-as para que não denunciassem os abusos.
Assim, as jovens foram encaminhadas com urgência ao Abrigo Institucional de Coruripe. Dada a flagrante situação de risco em que se encontravam, o Ministério Público de Alagoas agiu prontamente, buscando o acolhimento institucional como uma medida cautelar essencial para a proteção das vítimas.
“Na ação solicitamos o encaminhamento das meninas, através de medida protetiva, para um abrigo/instituição e para que sejam submetidas a exame médico legal. Além disso, que elas passem por avaliação psicológica e aplicação de medidas de orientação, apoio e tratamento psicossocial e psicoterápico que se fizerem necessárias”, explicou a promotora de justiça da 1ª Promotoria de Justiça de Coruripe, Hylza Torres.
A terceira vítima – uma adolescente de 14 anos – é filha de um outro relacionamento do suspeito e mora em outra casa, com a mãe. De forma que a Justiça considera que ela está em segurança.
Uma data para a audiência de tomada de depoimento especial da vítima já foi agendada.
Entenda o caso – As três meninas, uma de 10 anos e outras duas de 14 anos, sendo que as duas meninas de 14 anos são de mães diferentes, foram vítimas de repetidos episódios de abuso sexual cometidos por seu próprio pai.
Duas das meninas relataram os abusos na escola em que estão matriculadas e o Conselho Tutelar foi acionado. As autoridades se dirigiram à residência das meninas, onde o genitor admitiu sua culpa. Nesta ocasião, a outra filha do acusado, de um relacionamento anterior, também relatou já ter sido abusada sexualmente por ele.
Moradores do município chegaram a realizar protestos pedindo por justiça.