Os três homens acusados de espancar e assasinar o militar da reserva Vanísio Santana de Araújo, foram condenados após júri popular realizado nesta terça-feira, 03, no Fórum de Arapiraca, cidade onde o crime foi cometido. Se somadas, as penas passam dos 54 anos.
A sessão, conduzida pelo juiz Helestron Costa, começou por volta das 9h40 e terminou no início da noite. A acusação de homicídio qualificado foi feita pelo promotor de justiça Izelman Inácio, que falou das penas.
O réu Maciel Araújo de Oliveira, de 36 anos, defendido pelos advogados Lucas Sales, Carolina Adorno e Cícero Leite, confessou ter sido o autor dos disparos contra o PM, mas negou intenção de matar a vítima. Ele foi condenando a pena de 23 anos e três meses.
Lucas Oliveira dos Santos, de 27 anos, disse não lembrar como a briga começou. Afirmou que durante a confusão tirou a arma da mão do PM e a entregou a Maciel. A intenção, segundo ele, era apenas desarmar o policial.
No caso dele, o crime foi reclassificado para para lesão corporal seguida de morte e ele acabou condenado à 8 anos e oito meses. O Ministério Público já antecipou que vai recorrer desta sentença por entender, que o réu teve participação determinante no crime.
Já Weverton Henrique da Silva Oliveira, de 24 anos, ouvido por videoconferência, confirmou ter dado socos e chutes na vítima, mesmo ela já estando desacordada. O acusado, no entanto, disse ter agido em legítima defesa. Ele também recebeu pena de 23 anos e três meses de reclusão.
Os dois últimos foram defendidos pelo defensor público Marcos Antônio da Silva Freire.
O caso
O crime ocorreu em 28 de janeiro de 2021, em um posto de gasolina, em Arapiraca. De acordo com os autos, os acusados estavam abastecendo o carro após saírem de um bar onde haviam consumido bebidas alcoólicas.
Weverton teria dado pancadas na parte de trás de um ônibus que também estava parado no posto. Nesse momento, o motorista do ônibus questionou Weverton, que teria reagido de forma agressiva.
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Pouco depois, o policial Vanísio, sargento da reserva da PM de Alagoas, que era passageiro do ônibus, se dirigiu aos degraus portando arma de fogo, com o intuito de cessar as agressões verbais e ameaças.
Após disparo ter sido efetuado, a vítima foi puxada para fora e agredida com socos e chutes na cabeça. Já desmaiado, o policial foi baleado, vindo a óbito.
Toda a sequência dos fatos foi registrada por câmeras de segurança do posto.