Uma operação da Polícia Civil prendeu, na quarta-feira (4), 21 suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em roubos de carros. A investigação apontou que motoristas de aplicativo participavam do esquema criminoso, ajudando na escolha das vítimas e durante as fugas dos assaltantes.
Além das prisões, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em quatro cidades: Recife e Camaragibe, na Região Metropolitana; Carpina, na Zona da Mata; e Salgueiro, no Sertão de Pernambuco.
A Polícia Civil começou, em 2022, a apurar roubos de carros na capital pernambucana praticados por essa quadrilha. No decorrer das investigações, foram apreendidos três carros, armas e drogas. A operação contou com 150 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.
A corporação verificou que os integrantes da quadrilha tinham funções específicas no esquema criminoso:
- Além de dois chefes da quadrilha, existia uma pessoa responsável por indicar os veículos que deveriam ser roubados e direcionar aos receptadores;
- Uma parte do grupo atuava diretamente no roubo, na adulteração e na receptação dos carros;
- Motoristas de aplicativo prestavam suporte ao esquema.
“A gente identificou que alguns dos indivíduos que participavam do grupo não tinham a função de executar o crime, muitas vezes nem tocavam no veículo ou em uma arma de fogo. Eles participavam do crime identificando eventuais vítimas: viam alguma vulnerabilidade ou veículo interessante e apontavam para os executores”, disse o delegado Bruno de Ugalde.
Ainda de acordo com o delegado, os motoristas de aplicativo também davam suporte durante os roubos vigiando a área e auxiliando na fuga.
“Eles iam lá, praticavam o crime, e o motorista ficava pelos arredores para dar qualquer tipo de apoio. Quando alguma coisa dava errada, quando o assaltante não conseguia ingressar no veículo, o motorista de aplicativo estava por ali”, afirmou Bruno de Ugalde.