O delegado Thiago Prado, que integra a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital, informou nesta quarta (18) que concluiu o inquérito contra o policial militar que assassinou a tiros Rosineide da Costa Silva, de 53 anos, na residência da vítima, no Cidade Universitária. A mulher foi morta ao defender uma sobrinha do assédio do policial.
Neide bebia em sua residência, na companhia de familiares, quando um casal de amigos chegou acompanhado do militar, que passou a assediar a sobrinha da vítima. O crime ocorreu no dia 8, e o PM foi preso em flagrante, após efetuar oito disparos com a sua pistola de uso pessoal.
O policial militar, de 35 anos, foi indiciado e deverá responder, pelo menos por quatro crimes. Um deles será importunação sexual, uma vez que teria investido contra uma sobrinha da vítima, na tentativa de “ficar” com ela, sendo rejeitado. Ele ainda agrediu uma amiga de Rosineide que tentou evitar o crime, o que caracteriza lesão corporal, e atirou contra um sobrinho da vítima numa ação de tentativa de homicídio. Ele ainda está indiciado por homicídio, pela morte de Rosineide.
O delegado Thiago Prado revela que o PM efetuou oito disparos, com uma pistola, calibre 9mm, acertando a vítima nos membros inferiores, na região do abdômen e na mão esquerda. O militar foi indiciado por crime de homicídio qualificado, por motivo fútil e por impossibilidade de defesa da vítima.
O inquérito, agora, vai ser enviado ao Poder Judiciário para que o acusado responda a ação penal. Também será encaminhado ao Comando Geral da Polícia Militar, para que possa instruir o procedimento administrativo disciplinar aberto naquela corporação.