Hallowands: a festa à fantasia que promete entrar no calendário cultural de Arapiraca

Evento acontece nesta sexta-feira (27) no Pub Treze, com DJ e bandas locais

Em alguns países, é comum reverenciar os mortos, de modo extremamente respeitoso. Como o México. Perto dali, nos EUA, todo final de outubro é tempo de Halloween. Deste lado do continente, os holofotes do cenário cultural de Arapiraca estão se voltando para um evento que vem conquistando o coração — e a alma — dos arapiraquenses.

É a aguardada 3ª edição do Hallowands, uma festa à fantasia já tradicional que está se consolidando ano após ano, junto ao público alternativo da segunda maior cidade de Alagoas.

O evento acontecerá nesta sexta-feira (27), com poucos ingressos ainda à venda na portaria, a partir das 21h.

Neste 2023, o local escolhido para o culto à alegria e à diversidade é mais uma vez a Praça Santa Cruz, no bairro Alto do Cruzeiro, em frente ao icônico Pub Treze, conhecido por ser um ponto de encontro de tribos e estilos vários. A organização do evento é do referido bar, juntamente com seu departamento de marketing Curtindo Um Barato Juntos.

O Hallowands 3 — parece até nome de sequência de filme de terror — terá trilha sonora das bandas Refuzzi, Myrna Araújo, Tobias e DJ Bacana.

Inspirados em seus personagens e fantasias criativas, os participantes dessa festa têm a oportunidade de extravasar sua imaginação e desfrutar de uma atmosfera única, que só o Pub Treze pode proporcionar.

“O que torna o Hallowands tão especial é sua capacidade de unir as diversos nichos de pessoas da nossa cidade, criando um ambiente em que todos são bem-vindos e bem-vindas. Seja você fã do rock ou do pop, amante da cultura geek ou adepto do estilo steampunk, no Hallowands há espaço para todos, todas e tudo, sempre com respeito, responsabilidade e o entendimento de esta ser uma festa plural”, pontua Alysson Galdino, à frente do Pub Treze e organizador do evento.

CALENDÁRIO CULTURAL

O desejo para este e os próximos anos é colocar o Hallowands no calendário cultural oficial de Arapiraca.

Vale salientar que eventos como esse não acontecem sem o apoio de empresas locais. Neste ano, uma série de patrocinadores e apoiadores culturais se uniu à festa, contribuindo para que ela seja ainda mais memorável.

Empresas como a Fish, Sorvete Maluquinho, Ateliê Savana, Azul Atacarejo, Posto Universal, Caatinga Rocks, Tenda Mágica, Real Arapiraca Viação Ltda, Helton Júlio Equipadora, Instituto Morais, Erick Maldonado Beauty, Automining, Brejo dos Bois, Combate, Jonatha Melo, Taverna Beer, Maia Foods, Breja em Casa e A5VC Formaturas têm desempenhado um papel fundamental ao apoiar esse evento que promove a cultura e o entretenimento na cidade.

O Pub Treze, corajoso e visionário em abrigar eventos como o Hallowands, tem desempenhado um papel crucial na promoção da cena cultural de Arapiraca e também oferece uma oportunidade de integração e celebração que transcende barreiras e estereótipos.

Para os organizadores, o Hallowands 3 promete ser um evento que ficará marcado na memória de todos que participarem. Ele não é apenas uma festa, mas um reflexo da diversidade e vitalidade cultural no Agreste alagoano. À medida que a cidade cresce e evolui, eventos como esse se tornam fundamentais para preservar o espírito e a alma da nossa comunidade vibrante — celebrando a vida e os ciclos que findam.

CONFIRA ENTREVISTA EXCLUSIVA COM ALYSSON GALDINO:

✅ O Hallowands está chegando à sua terceira edição. Quais são as principais expectativas para este ano? O que o público pode esperar de novo e emocionante?

A maior expectativa para este ano é entregar tudo. Me refiro a uma experiência boa para quem vier ao evento. No atendimento, nos drinks, chopes e comida. Fazer valer a pena o valor do ingresso com uma noite de entretenimento de qualidade em todos os aspectos. Esse ano considero o que mais nos aproximamos de um festival (que pode ser o futuro do Hallowands). Então, o público pode esperar várias opções para curtir.

✅ O evento já conquistou um público fiel. Você acredita que o Hallowands tem potencial para se tornar um marco no calendário cultural de Arapiraca?

Com certeza! Confesso que é para isso que estamos trabalhando. A ideia é transformar o Hallowands em um festival cultural a nível nacional um dia. Por que não? Arapiraca nunca foi uma cidade turística e precisamos de iniciativas para compor um calendário e criar uma rota para que possam conhecer nossa cidade. Somos um celeiro de grandes artistas de vários nichos e precisamos comunicar isso ao mundo também!

✅ O Hallowands celebra uma festa tradicionalmente estrangeira. Qual é a sua opinião sobre o grande apelo que o Halloween tem no Brasil e sua adaptação para a cultura local?

De fato. Eu, particularmente, gosto da época comemorativa de Dia das Bruxas (Halloween). É um evento mundial já. Tem, sim, origem estrangeira, mas hoje vejo que funciona para todo o mundo. Então, acredito que devemos, sim, celebrar essa época, porém adaptando com elementos da nossa cultura local — para dar um gosto especial.

✅ Além da diversão, o evento tem um papel na promoção da cultura e da criatividade em Arapiraca, afinal, traz bandas e artistas da nossa terra em toda edição, como o DJ Bacana, Quiçaça, Dose Cowboy etc. Como você vê o Hallowands contribuindo para a cena cultural da cidade?

Vejo como algo de muito valor, no entanto, nem todos ainda conseguiram notar. Esse trabalho de ser palco para nossos artistas já venho realizando através do Pub Treze, desde 2019. Particularmente, acredito que estamos dando identidade para nossa cidade, estamos contando a história do nosso lugar para todos. Mostrando o que temos por aqui e que também é de qualidade, assim como de outros locais.

✅ Muitas pessoas aguardam ansiosamente o Hallowands a cada ano. O que você acha que faz a festa tão especial e cativante para o público?

Acredito que seja um compilado de coisas. Desde a alcunha “Hallowands”, que é um nome conhecido pela forma que nasceu (que foi antes mesmo do Pub Treze), até pela magia da época de Halloween, que atinge o período. Fantasias, e doces e travessuras em geral. Isso tudo somado com a entrega de um bom serviço tem dado certo. Para quem não conhece a origem desse nome, ele vem de uma festa entre amigas (Wandessa Alves, Isadora Magalhães e Carla Ingrid). A matemática é simples: “Wands” vem de Wandessa. Halloween na casa da Wandessa. HALLOWANDS.

✅ Como organizador (e incentivador cultural nato que é), qual foi o maior desafio ao trazer um evento como o Hallowands para Arapiraca, neste formato que começou lá na FDS Coworking e agora toma a Praça Santa Cruz, casa do Pub Treze? E como você superou esses desafios?

O maior desafio foi aprender a planejar bem as coisas. No início, sempre fiz tudo no feeling e, por muitas vezes, fui salvo por pessoas próximas com mais experiência. Promover um evento do porte do Hallowands começa muito antes de outubro. Praticamente o ano inteiro planejando e alinhando e lapidando tudo para não ter falhas (ou ao menos mitigá-las). Enfim, a superação foi ir estudar mesmo e entender que a gente não sabe de tudo. Ter humildade suficiente para aprender com outras pessoas que sabem mais que você e dividir as tarefas.

✅ Outro ponto: o Hallowands também destaca a criatividade e o cosplay. Como a cultura dos trajes tem sido recebida e integrada ao evento?

Algumas pessoas não curtem se fantasiar. Mas a grande maioria curte, entra na onda e investe nos trajes. Acredito que o Concurso de Fantasias 2022 fez bem o papel de integrar a dinâmica ao evento.

✅ *É notório que o Hallowands atrai pessoas de todas as idades, gêneros e credos. O que você acha que torna a festa tão inclusiva e atrativa para um público diversificado? *

Acredito que o fato “poder ser quem você é de verdade, sem medo de sofrer danos” torna o evento atrativo. Tanto os humanos que podem vir fantasiados, como os não-humanos que podem sair livremente sem fantasia alguma (risos).

✅ Qual é a visão futura para o Hallowands, aqui na nossa cidade? Existem planos para continuar expandindo e melhorando o evento nos próximos anos?

A ideia é transformar o Hallowands em um festival anual em Arapiraca, como falei acima. Quem sabe através dele possamos ser um pontapé para criar uma rota turística aqui para nossa cidade, assim como o FIG [Festival de Inverno de Garanhuns], em Pernambuco. Penso muito sobre esse tópico de fazer parte de uma rota onde pessoas de todo lugar possam vir conhecer nosso lugar. Temos muitas coisas boas por aqui. E coisas boas precisam aparecer e iluminar os ambientes.

Fonte: Assessoria

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