‘Profissionais da conchinha’ cobram de R$ 300 a R$ 1.000 por hora de carinho na cama

Profissional do ramo diz que o trabalho é “gratificante” e que já ajudou pessoas a superarem questões de autoestima

Conchinha profissional deve ser respeitosa e com limites previamente estabelecidos — Foto: Cuddlist

Difícil achar alguém que não goste de conchinha e carinho na cama. Mas nem todo mundo tem isso à disposição a todo momento. E é para ajudar pessoas que sentem falta de carinho, inseguras, ou que passaram por traumas recentes que “profissionais da conchinha” têm se especializado em ajudá-los com essas necessidades.

Nos Estados Unidos, esse serviço cresceu a tal ponto que os provedores criaram uma organização que os treina para fornecer carinhos na cama profissionalmente, e ainda os conecta com os clientes. No Cuddlist, há provedores oferecendo sessões por US$ 60 (R$ 300) a US$ 200 (R$ 1.000) por hora de conchinha.

O serviço não é nada sexual. Trata-se de deitar e confortar o cliente, com toques apenas sobre a roupa e de maneira consentida, explica Michelle Renee, uma dessas profissionais que falou de sua profissão ao portal Business Insider. Com o serviço Let’s Cuddle (algo como “Vamos dormir de conchinha”), ela atua nesse ramo desde 2015 e cobra US$ 150 por hora de carinho na cama.

Renee tem a cama em seu escritório de trabalho, e conta que atende clientes com diversos tipos de queixa: dizem sentir falta de toque físico em suas vidas, são inseguros com sua aparência ou sofreram algum tipo de trauma sexual.

Ela classifica o trabalho como gratificante. Diz ter ajudado um homem de quase 70 anos a superar a disfunção erétil, um recém-divorciado a se estabelecer em sua vida de solteiro e várias mulheres a aceitarem seus corpos.

“Quando eles percebem que pedir carinho não é tão assustador quanto eles pensavam que seria e, na verdade, é bastante reconfortante, esses clientes podem começar a derrubar muitas das barreiras que os impediam de se conectar com outras pessoas”, Renee disse ao Insider.

Os clientes que trabalham com Renee podem agendar sessões de uma a três horas, mas a profissional normalmente sugere sessões de 90 minutos. Antes de marcar a sessão com um novo cliente, ela faz uma conversa virtual por US$ 40 para que ambos se conheçam – o valor é deduzido da cobrança final após a conchinha de fato acontecer.

Precauções para um local de trabalho seguro

Quando Renee começou nesse ramo, ele era novo e pouco conhecido. Por causa disso, ela teve que desfazer muitos mal-entendidos, como clientes que esperavam fazer sexo com ela ou receber massagens nos pés.

Renee rapidamente percebeu que precisava avaliar os clientes antes de conhecê-los pessoalmente. Uma tática adotada foi criar um e-mail “quase rude” que vai para qualquer pessoa que pergunte sobre seus serviços. “Ele lista claramente o que eu permito e o que não permito nas sessões. Então, se eles quiserem algo que não forneço, saberão que estão no lugar errado”, disse Renee.

Ela sempre inicia uma sessão sentando-se com o cliente e conversando sobre como será o serviço. Renee diz aos clientes que se ela se sentir desconfortável a qualquer momento durante a sessão, fará um ajuste para se sentir melhor – e esclarece que o cliente também deve estar 100% confortável com a situação.

Treinamento para ser profissional da conchinha

O Cuddlist oferece treinamento para profissionais da conchinha e do cafuné por US$ 800 (R$ 4.000). O curso oferece “as ferramentas que você precisa para iniciar sua prática de terapia de carinho, agendar seu primeiro cliente e ter o tipo de sessões que fazem seus clientes voltarem.”. A plataforma ainda destaca que, como o serviço se trata de demonstrar respeito e ajudar as pessoas a melhorar sua autoestima, os próprios profissionais podem se beneficiar em sua vida pessoal também.

Ainda há cursos adicionais para melhorar suas técnicas e atendimento, assim como para melhorar a estratégia de marketing e avaliar bem os clientes, evitando os mal entendidos descritos por Renee.

 

Fonte: Época Negócios

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