Exército e Polícia Civil do RJ encontram no Rio mais 2 metralhadoras furtadas em SP

Armas do exército de São Paulo apreendidas no RJ — Foto: Reprodução

O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informou nesta quarta-feira (1º) que foram encontradas no Rio de Janeiro mais 2 metralhadoras .50 do arsenal furtado de SP em meados de setembro em Barueri. Ao lado dessas metralhadoras, estava 1 fuzil calibre 7,62 que não tinha sido contabilizado no roubo.

Com a apreensão desta madrugada, 19 das 21 armas levadas foram recuperadas. Outras 2 .50 continuam extraviadas.

As armas foram apreendidas dentro de um carro na Avenida Lúcio Costa, na altura da Praia da Reserva, Zona Oeste da cidade, no carro que pertence a Jesser Marques Fidelix apontado como o homem que negociava as armas com o Comando Vermelho, no RJ.

Negociador de armas e drogas

As investigações apontam que Jesser fornece armas e drogas para as organizações criminosas que atuam na capital fluminense. Ele é do Espírito Santo, mora em São Paulo e atua em conjunto com o tráfico do Rio.

Segundo a Polícia Civil, desde a noite da última segunda-feira (30), agentes das forças de segurança passaram a monitorá-lo.

Na tarde desta terça (31), equipes foram à casa da sogra de Jesser e souberam que ele esteve no endereço na noite anterior. Ele deixou o local na manhã seguinte e foi para outro endereço da família, alegando que lá teria maior privacidade.

A diligência foi intensificada, principalmente em hotéis na Zona Oeste da capital, para localizar o suspeito e armas. Jesser não foi encontrado, mas os policiais conseguiram localizar o carro dele na Avenida Lúcio Costa, na altura da Praia da Reserva.

Os investigadores disseram que o veículo estava com placas clonadas, o que aumentou as suspeitas em relação a ele. Os agentes conseguiram revistar o automóvel e encontraram as armas, que estavam embrulhadas com um plástico preto. O material foi encaminhado para perícia e, posteriormente, serão devolvidos para o Exército.

Na semana passada, o g1 mostrou que a Polícia Civil do RJ investigava a informação de que ainda havia no estado 2 metralhadoras de Barueri e que 1 fuzil estava sendo vendido. Era a primeira vez que o Exército trabalhava com a hipótese de desvio de fuzis. Anteriormente, só se falava, entre os investigadores, no furto de metralhadoras (as MAGs e as .50).

O CMSE não tinha fornecido detalhes de onde foi feita a apreensão desta quarta e se alguém tinha sido preso até a última atualização desta reportagem. Também não havia sido confirmado se as 3 armas na mira da Polícia Civil são as encontradas desta quarta.

Outras operações

Nesta terça-feira (31), o Exército e a Polícia Militar de São Paulo chegaram a fazer uma operação conjunta em Guarulhos, na Grande São Paulo, para tentar localizar as últimas 4 metralhadoras furtadas.

Além dessas duas, outras 17 armas já tinham sido reintegradas em outubro após operações conjuntas do Exército com as polícias do Rio de Janeiro e São Paulo.

As autoridades informaram que as armas foram retiradas do quartel por militares (6 são investigados por suspeita de envolvimento direto com o furto delas). E que depois elas foram negociadas com facções criminosas, como o Comando Vermelho (CV), no Rio, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo.

As apreensões até aqui

19 de outubro: 4 metralhadoras .50 e outras 4 MAGs, calibre 7.62, foram encontradas em um carro roubado e abandonado em um dos acessos da Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio.

25 de outubro: 5 metralhadoras .50 e 4 MAGs escondidas em um lamaçal em São Roque, no interior paulista, foram recuperadas.

Fonte: g1

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