Um intenso confronto terminou com dois mortos na noite desta sexta-feira (3) no complexo de comunidades João XXIII, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Um deles era apontado pela polícia como chefe de um grupo miliciano que disputa a região.
Alan Ribeiro Soares, conhecido como Nanan, foi encontrado morto por policiais militares do 27º BPM (Santa Cruz), depois de um tiroteio entre o bando dele e o grupo armado de Luís Antônio Braga da Silva, o Zinho.
Além de Nanan, um outro homem também foi encontrado morto, mas a vítima não havia sido identificada. Uma pistola foi apreendida no local com quatro carregadores. O local foi isolado para perícia da Delegacia de Homicídios da Capital, que assumiu a investigação.
Na manhã deste sábado (4), um ônibus foi incendiado na BR 465, antiga Rio-São Paulo, no sentido Seropédica, na altura de Nova Iguaçu. Há a suspeita de que seja uma represália à morte de Nanan.
Zinho e Nanan são conhecidos da polícia e considerados foragidos. A disputa entre ambos começou após a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, em uma operação da Polícia Civil em junho de 2021.
Nanan era o braço direito do ex-chefe. No entanto, a maior milícia do Rio foi assumida por Zinho. Desde então, Nanan e Zinho disputavam territórios na Zona Oeste do Rio. Alan Ribeiro era considerado o principal rival de um dos milicianos mais procurados do Rio de Janeiro.
A disputa entre eles pelo domínio de comunidades da Zona Oeste do Rio fez a violência aumentar na região. Em junho, cinco pessoas foram encontradas mortas após tiroteios.