Novo remédio contra queda de cabelo é aprovado pela Anvisa: baricitinibe é usado contra artrite, dermatite e Covid

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em outubro o primeiro tratamento sistemático para alopecia areata, doença autoimune que provoca queda capilar.

Isso quer dizer que o baricitinibe, também conhecido pelo nome comercial de Olumiant, poderá ser administrado em pacientes adultos com o quadro grave da doença para o tratamento em todo o corpo, em vez de um local específico.

É importante ressaltar que a condição é diferente da alopecia androgenética, a calvície que herdamos de nossos familiares.

Como se trata de uma nova indicação terapêutica, o medicamento já está disponível. Em nota, a fabricante Eli Lilly do Brasil informou ao g1 que a dosagem de 4 mg tem um preço máximo ao consumidor (PMC) de R$ 5.648,25, sem impostos.

Em farmácias online, porém, o preço de varejo do medicamento tende a ser mais caro.

De acordo com o FDA, a agência regulatória de saúde dos EUA, que também aprovou a indicação do Olumiant para a alopecia areata, a eficácia e a segurança do baricitinibe foi estudada em diversas pesquisas. Um estudo chegou a comprovar pelo menos 80% de cobertura capilar do couro cabeludo em pacientes após 36 semanas de tratamento.

Outra pesquisa mostrou que 22% dos pacientes (de um total de 184) que receberam 2 miligramas do Olumiant e outros 35% (de um total de 281) que receberam 4 miligramas alcançaram uma cobertura adequada do couro cabeludo. Por outro lado, apenas 5% dos pacientes (de um total de 189) dessa mesma pesquisa que receberam placebo (substâncias inertes) apresentaram o mesmo resultado.

No Brasil, o Olumiant também é aprovado para o tratamento de Covid-19 em certos adultos hospitalizados.

Além disso, o baricitinibe também já tem registro para o tratamento de artrite reumatoide ativa moderada a grave e dermatite atópica moderada a grave. No início de 2022, a droga também foi aprovada como o primeiro medicamento para o tratamento da Covid-19 no Sistema Único de Saúde.

Fonte: G1

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