Antes mesmo da campanha de 2024, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o pré-candidato e deputado federal, Guilherme Boulos (PSOL), intensificaram suas agendas políticas no último final de semana. Nunes se reuniu com movimentos por moradia e anunciou uma nova modalidade para o programa Pode Entrar Entidades. Se trata de uma nova categoria para atender associações que compram terrenos para fazer loteamento de interesse social. “Associados se cotizam e compram uma grande leva de terra, sem invasão. Adquirem a terra, faz o loteamento e nos pedem que sejamos ágeis na questão da regularização desses loteamentos e possa entrar com infraestrutura”, explicou o prefeito em entrevista à Jovem Pan News. Nunes ainda afirmou que a pauta das moradias populares não é dominada por seu adversário nas eleições do ano que vem, Guilherme Boulos: “As pessoas vão perceber qual a diferença de quem respeita a lei e segue a ordem e de quem faz essas ações, como a que a gente tem comprovadamente em um caso muito concreto a invasão de Guilherme Boulos chamada Nova Palestina, em 2013, há dez anos atrás. Veja como está lá hoje depois de dez anos”.
O pré-candidato do PSOL cumpriu agenda na zona oeste da capital paulista, no evento “Salve São Paulo”, onde declarou que o Governo Federal abriu um edital com cerca de R$ 4 bilhões para regularização fundiária, mas que a Prefeitura, sob gestão de Nunes, não teria enviado a lista de comunidades que poderiam ser beneficiadas pela iniciativa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “R$ 4 bilhões de reais do PAC só para fazer urbanização e regularização fundiária, só para isso. A Prefeitura não precisava fazer nada, bastava ir ao computador e dizer que na cidade tem tais comunidades que precisam de regularização (…) A gente foi lá, procurou a Prefeitura, procurou o secretário nacional de periferias, com uma lista de mais de cem comunidades para ter urbanização e regularização fundiária. O prazo para a Prefeitura mandar terminou ontem. Sabe quantas ela mandou para a regularização fundiária? Nenhuma”, afirmou Boulos.
Em entrevista à Jovem Pan News, o deputado ainda criticou a atuação de Nunes durante o apagão em São Paulo na semana passada: “Não dá para a cidade mais rica do Brasil e da América Latina conviver com um governo sem comando, com tanto descaso nas periferias como a gente viu agora no apagão, em que a Prefeitura não só não fez a sua parte, com a poda e manejo de árvores, como o prefeito ainda ficou em camarote de Fórmula 1 e ainda falou em criar taxa. Não é isso o que a gente quer para São Paulo.