Vai a júri popular o soldado expulso da Polícia Militar de Alagoas, Josevildo Valentim dos Santos Júnior acusado de estuprar e matar uma jovem e tentar contra a vida do namorado dela em 2019. O julgamento ocorreria em julho deste ano, mas foi adiado devido ao abandono da defesa do acusado. A audiência ocorrerá no Fórum de Maceió, no Barro Duro, nesta quinta-feira, 16.
O ex-soldado é acusado do crime que ocorreu no dia 15 de outubro de 2019, numa mata localizada atrás da empresa Braskem, no bairro Pontal da Barra. Segundo os autos, Aparecida e Agnísio estavam na porta de casa, na Ponta Grossa, quando Josevildo, que trafegava pela região com seu veículo, se aproximou do casal e os rendeu utilizando uma arma de fogo.
O réu ordenou que as vítimas entrassem no carro. Agnísio foi colocado na mala do veículo, enquanto que Aparecida foi colocada no banco do passageiro. Josevildo dirigiu até o Pontal da Barra. Ao chegar no local, o acusado, com a arma de fogo em punho, ordenou que Aparecida saísse do veículo e iniciou os atos de abuso sexual contra ela.
Por meio de nota à imprensa, o promotor de Justiça responsável pela acusação, Vilas Boas, destacou que o Ministério Público de Alagoas (MPE/AL) está, segundo ele, preparado para apontar “a crueldade promovida pelo réu” e que os crimes foram cometidos com “frieza, gerando sofrimento às vítimas antes de decidir mata-las”.
“Sequestrou o casal que estava na porta de casa, levou para uma mata, estuprou a moça enquanto o namorado estava no porta-malas do seu carro, retirou-o e com o propósito de causar-lhe dor, matou a namorada na sua frente. Depois efetuou dois disparos na direção do rapaz que, por sorte, sobreviveu e narrou toda a barbárie”, detalhou o caso.
Segundo ele, o pedido da promotoria de Justiça será pela condenação por homicídio triplamente qualificado. “Sustentaremos nosso pedido para que seja condenado por homicídio triplamente qualificado contra a mulher, por motivos torpe, meio cruel e que dificultou a defesa da vítima e com o agravante de feminicídio pois precisamos dar uma resposta à sociedade e mostrar que criminosos não podem ficar impunes. Acreditamos que a justiça será feita”, disse o promotor Vilas Boas.