Julgamento de PM tem embate entre defesa e MP e depoimento dramático da vítima

Josevildo Valentim. Foto: Caio Loureiro/Arquivo

Previsto para ser concluído na noite desta quinta, 16, o julgamento do ex-soldado da Polícia Militar Josevildo Valentim dos Santos Junior está sendo marcado por embates entre a defesa do militar expulso e o representante do Ministério Público.

O julgamento estava marcado, anteriormente, para julho deste ano, mas foi adiado após apresentação de atestado médico da defesa do ex-militar. O julgamento acontece hoje, 16, no Fórum do Barro Duro, e já rendeu bate-boca.

Valentim está sendo julgado pelo estupro e assassinato da jovem Aparecida Rodrigues Pereira e por tentar matar o namorado dela, Agnísio dos Santos Soutos. O crime que ocorreu no dia 15 de outubro de 2019, numa mata localizada atrás da empresa Braskem, no bairro Pontal da Barra. A investigação apontou que Aparecida e Agnísio estavam na porta de casa, na Ponta Grossa, quando Josevildo, que trafegava pela região com seu veículo, se aproximou do casal e os rendeu utilizando uma arma de fogo.

Aparecida foi estuprada e morta aos 18 anos

O réu ordenou que as vítimas entrassem no carro. Agnísio foi colocado na mala do veículo, enquanto que Aparecida foi colocada no banco do passageiro. Josevildo dirigiu até o Pontal da Barra. Ao chegar no local, o acusado, com a arma de fogo em punho, ordenou que Aparecida saísse do veículo e iniciou os atos de abuso sexual contra ela.

Durante o depoimento de Agnísio, ele afirmou que o militar estuprou Aparecida e ordenou que ela fizesse sexo oral no namorado, quando este recusou, foi alvejado com tiros. O então militar foi para o lado de Aparecida, e mesmo a jovem pedindo para não ser morta, Valentim afirmou que não poderia deixá-la viva, uma vez que ela viu seu rosto.

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