A condenação do ex-policial militar Josevildo Valentim, a 60 anos de prisão, trouxe o desfecho para a tragédia que envolveu as famílias dos jovens Aparecida e Agnísio, mas não solucionou um mistério que perdura há três anos: a atuação de um estuprador em série na capital alagoana.
Na época do estupro e morte de Aparecida Pereira, então com 18 anos, Josevildo Valentim foi apontado como possível autor de outros 11 crimes sexuais cometidos contra mulheres na capital alagoana. Contudo, os exames de comparação dos perfis genéticos das vítimas e do ex-policial não coincidiram, descartando novas vítimas. O ano era 2020.
Os exames realizados pela então chefe do laboratório da Perícia Oficial, Rosana Coutinho, chegaram a uma conclusão assustadora, das 11 vítimas, seis foram estupradas pelo mesmo homem, que nunca foi identificado ou preso pela Polícia Civil de Alagoas. As vítimas eram dos bairros Garça Torta, Ipioca e Rio Largo. As mulheres eram abordadas quando desciam em paradas de ônibus, violentadas e liberadas.
Quanto às demais vítimas, o laboratório afirmou que os exames foram inconclusivos porque o material genético estava degradado. Os laudos foram encaminhados para as delegacias que solicitaram os exames, mas o suspeito nunca foi preso.
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