A Cabo da Polícia Militar Vaneza Lobão, de 31 anos, foi morta na última sexta-feira, dia 24, na porta de casa, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. Ela foi ferida por tiros de fuzil, disparados de um carro, e não resistiu. Formada em Direito, a agente entrou na corporação em 2013, onde era uma profissional valorizada. Recentemente, foi condecorada com o distintivo “Lealdade e constância” pela PM.
Vaneza estava lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e investigava a milícia. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou ter orientado “a Polícia Federal a ajudar nas investigações, de competência das autoridades estaduais”. No sábado, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou que a pasta já havia reforçado a PF no Rio.
O que se sabe
No último dia 24, em um momento de folga, a PM estava pronta para ir à academia quando saiu de casa, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio.
Segundo informações do Disque Denúncia, os criminosos já aguardavam a agente no momento em que ela abria a garagem para guardar o próprio carro.
Os criminosos já estavam esperando por ela, em um carro preto, e usavam capuz.
Por volta das 21h30, ela foi alvo de tiros de fuzil.
Vaneza estava lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e era responsável por investigar a milícia.
A policial não participava de operações de campo, concentrando seu esforço em trabalhos internos de inteligência.
No início da madrugada do seguinte ao crime, equipes da Polícia Militar do 27º BPM prenderam um miliciano no loteamento Madean, também em Santa Cruz, durante diligências para localizar suspeitos no caso da execução de Vaneza. Com ele foi encontrada uma arma de fogo, que foi apreendida.
Segundo o governador do Rio, Cláudio Castro, “há indícios de que sejam milicianos, o qual ela investigava”, disse em vídeo publicado nas redes sociais.
No momento, segundo a polícia, há duas principais hipóteses para explicar a motivação do crime, que são: retaliação dos criminosos por conta do trabalho realizado pela policial ou o fato de milicianos suspeitarem que a policial estaria passando à corporação informações sobre a movimentação dos bandidos no cotidiano da localidade onde vivia.
A Polícia Federal irá auxiliar, com o reforço na área de inteligência e com equipamentos, nas investigações, declarou o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.
O que falta esclarecer
A motivação do crime
Quem cometeu a execução da agente
Quantas pessoas estavam no carro de onde partiram os disparos
Se há mandante e quem é
Se o miliciano preso no sábado, encontrado no loteamento Madean, também em Santa Cruz, tem envolvimento com o crime
Despedida
Vaneza era carioca apaixonada por futebol e pela esposa, Thais, com quem dividia uma casa e a vida. O velório e o enterro foram realizados neste domingo, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, que reuniu parentes, amigos e colegas de farda da Polícia Militar, Civil e Federal. Na despedida, a agente foi lembrada como uma pessoa que “cumpriu a vocação” e “abraçou seu propósito”.