Vítima de espancamento internada no HGE não encontrava a família há mais de 10 anos

Mulher socorrida desacordada pelo Samu foi identificada após exames da Rede de Atenção às Violências (RAV). Irmã procurou unidade de saúde na última semana

Depois de mais de 10 anos desaparecida e sem contato com a família, a paciente Maria Gildete da Paz, de 44 anos, internada no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, alvo de espancamento e socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foi reconhecida e recebeu a visita de sua irmã.

eatriz Castro / Ascom HGE

Maria Aparecida, irmã da paciente Maria Gildete, foi acolhida pela RAV e está tendo todo o acolhimento e esclarecimentos necessários

Na última semana, o hospital, com apoio do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos de Alagoas (Plid-AL), do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), divulgou a verdadeira identidade da mulher que inicialmente se identificou pelo nome de ‘Radasha’, antes de perder a consciência.

Lamentavelmente, Maria Gildete sofreu uma forte agressão física que culminou em traumatismo cranioencefálico. Ela foi admitida no HGE no último dia 18 de Novembro como “paciente não identificada”. A partir de então foram iniciadas as buscas pela identificação, bem como, para achar os familiares,

“Quando o caso chegou à Rede de Atenção às Violências (RAV), nos esforçamos para complementar a assistência garantindo os direitos legais e a proteção da paciente. Contatamos o Consultório de Rua, mas foi a Polícia Federal [PF] que conseguiu desvendar a sua identidade, por meio da coleta das impressões digitais. Com o nome e demais dados encontrados no sistema, conseguimos direcionar o caso para a cidade de procedência e chegamos à irmã”, pontuou a psicóloga da RAV, Roseane Casado.

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Maria Aparecida da Paz, irmã de Maria Gildete, contou que a última informação que possuía era de que a irmã vivia com um companheiro na capital. Ela foi recebida pela equipe multidisciplinar da RAV, que coletou as informações necessárias para a regularização da admissão. Durante o acompanhamento, foi apresentado o quadro clínico de sua irmã, que continua grave, entubada, devido à gravidade dos ferimentos causados pela violência.

Divulgação

Maria Gildete da Paz, de 44 anos

“Nós não tínhamos contato com ela há uns 10 anos. De repente, tivemos notícia de que ela estava aqui no HGE, por meio do pessoal do hospital. A partir daí iniciamos a nossa movimentação para poder vir aqui cuidar dela. Estamos muito emocionados! Não esperava, jamais, encontrá-la entubada e sedada. Está nas mãos de Deus! Agradecemos a toda equipe por terem colaborado para o nosso encontro”, compartilhou Maria Aparecida.

Agora, toda a equipe da Área Amarela está empenhada em salvar a vida de Maria Gildete.  Ainda não há previsão de alta hospitalar, uma vez que o quadro, apesar de estável, permanece grave. Entretanto, agora os familiares acompanham todo o atendimento, que conta com a repetição de exames, administração de medicamentos, abordagens multidisciplinares e avaliação de especialistas que estão entre os melhores do Estado.

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