Uma empresa de construção foi autuada nesta última segunda-feira (04) na Barragem de São José da Tapera pela Equipe de Segurança de Barragens da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco. O motivo da autuação esteve relacionado com um caminhão de água potável que estava captando água bruta, possivelmente contaminada, no local.
Em defesa, a empresa alegou que o uso da água coletada era apenas para utilização em uma obra, mas até o processo de captação apresentava irregularidade pois foi perceptível o lançamento de óleo no solo. Além disso, no momento do flagrante, constatou-se a presença de gado bebendo água e evacuando, colocando em questão a procedência e a qualidade do líquido recolhido.
O Instituto do Meio Ambiente (IMA), responsável pela abordagem, explica que a falta de licença ambiental e o lançamento de resíduos no local foram os motivos da autuação. “Eles terão vinte dias corridos para entrar com a defesa que será verificada pelo jurídico, podendo reduzir o valor da multa em até 60%”.
O transporte de água potável para fins de distribuição em caminhões pipa é muito comum no Sertão devido à escassez e a falta de políticas públicas regulares que assegurem o direito de recebimento com qualidade e sem riscos à saúde humana devem ser intensificadas.
BRUTA OU POTÁVEL
A água bruta é um termo utilizado para descrever a água que é encontrada na natureza, antes de passar por qualquer tipo de tratamento ou purificação. É a água que é retirada diretamente de rios, lagos, aquíferos ou outras fontes naturais. Essa água geralmente contém impurezas, como sedimentos, minerais, microorganismos e substâncias químicas, que podem ser prejudiciais à saúde humana se consumidas sem tratamento adequado. Já a água potável pode ser ingerida sem causar danos à saúde.
Assessoria de Comunicação da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco