Uma coletiva de imprensa realizada na sede da Polícia Federal (PF), no bairro do Jaraguá, esclareceu alguns detalhes da Operação Lágrimas de Sal, deflagrada na manhã desta quinta-feira (21) para averiguar possíveis crimes cometidos no decorrer dos anos de exploração de sal-gema em Maceió, resultando em instabilidade no solo de bairros como Pinheiro, Mutange, Bebedouro.
Durante a coletiva, a superintendente da PF em Alagoas, Luciana Paiva Barbosa, frisou que a investigação teve início ainda em abril deste ano, quando tomou posse do cargo. A ação visa averiguar tudo o que está sendo realizado, esclarecer as responsabilidades, assim como mensurar o dano ambiental total causado na região. Outro ponto é identificar uma possível omissão de dados relevantes em processos administrativos ambientais, ou até mesmo dados falsos que podem ter sido utilizados tanto por pessoas físicas, como por pessoas jurídicas durante o processo de extração de sal-gema.
Para as investigações, foram designados peritos com experiências em casos de projeção nacional como o rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019, classificado como o maior acidente de trabalho no Brasil em perdas de vidas humanas, e da barragem em Mariana, no ano de 2015, ambos em municípios de Minas Gerais.
Apesar dos profissionais estabelecidos para o caso, a superintendente deixou claro que a polícia não estabelece qualquer relação entre a situação de Maceió e dos rompimentos de barragem nos municípios mineiros.