Suspeita de matar o pai e a avó do ex-namorado em Goiânia no último domingo (17), Amanda Partata Mortoza se apresenta como psicóloga na internet. Entretanto, ela não tem registro profissional no Conselho Regional de Psicologia de Goiás. Ela já foi denunciada duas vezes por exercício ilegal da profissão.
Segundo o CRP, da 9ª região, a mulher não tem registro profissional ativo como psicóloga no banco de dados do conselho. O órgão ressalta que “para o exercício legal da profissão de psicóloga(o), é indispensável o registro ativo junto ao conselho regional da região”.
Em sua biografia no Instagram, ela se apresenta como “psicóloga, terapeuta cognitivo comportamental, advogada aposentada, leitora, viajante e mãe”.
O conselho confirmou o recebimento de duas denúncias anônimas em desfavor de Amanda no dia 2 de fevereiro de 2022. Em nota, o órgão afirma que os “procedimentos tomados em relação às denúncias tramitam em sigilo”.
O conselho “ressalta que, para o exercício legal da profissão de Psicóloga(o), é indispensável o registro ativo junto ao Conselho Regional da região”.
Em seu perfil no Instagram, Amanda se diz “advogada aposentada”. Para essa profissão, Amanda é habilitada para atuar, segundo a Ordem dos Advogados do Brasil.
Ela passou no XVIII Exame de Ordem Unificado, que foi realizado em 2016.
A prisão
Amanda Partata foi presa na quarta-feira (20) pela Polícia Civil de Goiás. Ela é investigada por envenenar e matar Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86. O caso aconteceu no último domingo (17) e está sendo investigado pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH).
O delegado que apura as mortes, Carlos Alfama, diz que o crime teria sido motivado por um “sentimento de rejeição” pelo fim do relacionamento com Leonardo Filho, filho e neto das vítimas. A relação dos dois durou cerca de 45 dias, e acabou em 10 de agosto. A polícia diz ainda que, uma semana após o fim do namoro, Amanda disse que estava grávida. O delegado, porém, afirmou que ela não está gestante.