A dívida bruta do Brasil registrou ligeira alta em novembro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Banco Central (BC).
A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou novembro em 73,8%, contra 73,7% no mês anterior, sob impacto dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.), e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,5 p.p.).
Já a dívida líquida foi a 59,5%, de 59,2%, refletindo os impactos dos juros nominais apropriados (aumento de 0,4 p.p.), do déficit primário (aumento de 0,3 p.p.), da valorização cambial de 2,4% no mês (aumento de 0,3 p.p.), do ajuste de paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (redução de 0,3 p.p.), e da variação do PIB nominal (redução de 0,4 p.p.).
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 75% para a dívida bruta e de 60,4% para a líquida.
Em novembro, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 37,27 bilhões, pior do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$ 34,5 bilhões.
O desempenho mostra que o governo central teve déficit de R$ 38,923 bilhões, enquanto Estados e municípios registraram superávit primário de R$ 1,996 bilhão e as estatais tiveram saldo negativo de R$ 343 milhões, mostraram os dados do Banco Central.
Nos 12 meses encerrados em novembro, o setor público consolidado foi deficitário em R$ 131,4 bilhões, equivalente a 1,22% do PIB.