Com mais de seis mil vagas, o governo confirmou as regras do concurso Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) nesta quarta-feira (10.jan). A ideia é fazer uma só prova para seleção a diferentes vagas no serviço público federal. Ao todo, serão 6.640 postos em 21 órgãos públicos, com vagas de nível médio e superior. As inscrições vão abrir em 19 de janeiro e vão até o dia 9 de fevereiro.
A prova, que recebeu o apelido de “Enem dos Concursos”, será aplicada simultaneamente em 220 cidades, conforme anunciou a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. É a primeira vez que o governo adota um sistema do tipo para o serviço público federal. A intenção, segundo a ministra, é diminuir custos para aplicação das provas, tanto para candidatos quanto para o próprio Executivo.
“Desde o início a gente queria fazer o concurso mais amplo possível e isso também era uma demanda dos ministérios, mas cada ministério isoladamente não teria condições financeiras de fazer esses concursos isoladamente. Então a gente, desde o início, teve essa ideia de juntar no mesmo concurso o maior número de vagas possíveis”, declarou Dweck em coletiva de imprensa para o lançamento do edital.
Na hora da inscrição, o candidato poderá escolher um dos oito blocos temáticos. As vagas foram divididas de acordo com a formação e tipos de áreas disponíveis na esfera federal. Entre as divisões estão opções como Tecnologia, Educação e Gestão Governamental e Administração Pública. A escolha será feita ainda por um ranking de preferência – com cada candidato escolhendo a ordem da vaga a que quer mais se aplicar, mas o candidato concorre a todas as vagas do bloco. Veja as divisões e quantidade de vagas:
- 1. Infraestrutura, Exatas e Engenharias: 727 vagas;
- 2. Tecnologia, Dados e Informação: 597 vagas;
- 3. Ambiental, Agrário e Biológicas: 530 vagas;
- 4. Trabalho e Saúde do Servidor: 971 vagas;
- 5. Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos: 1.016 vagas;
- 6. Setores Econômicos e Regulação: 359 vagas;
- 7. Gestão Governamental e Administração Pública: 1.748 vagas;
- 8. Nível Intermediário 692.
“Aprovação vai se dar de acordo com a indicação de preferência do candidato. Então a gente recomenda, sim, que as pessoas leiam de fato o edital e façam muito bem as suas escolhas. O candidato vai ser alocado da maior preferência a menor preferência, caso tenha nota suficiente para ser nomeado, ser alocado naquele cargo no final do processo do concurso”, diz Cida Chagas, diretora de Provimento e Movimentação de Pessoal do ministério.
Inscrições para o concurso unificado
As inscrições para o concurso unificado deverão ser feitas pela plataforma do gov.br – de forma que todos os candidatos precisam da inscrição no sistema oficial do governo. O prazo será entre 19 de janeiro e 9 de fevereiro.
Valores do concurso unificado
A taxa para participação do exame será de acordo com o grau de escolaridade e com a possibilidade de isenção. Não haverá devolução da taxa após pagamento. Veja a previsão:
- Nível médio: R$ 60
- Nível superior: R$ 90
- Isenção: terão direito à isenção de taxa os inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), doadores de medula óssea e atuais bolsistas, ou ex-bolsistas, do ProUni (Programa Universidade para Todos) e do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior). Os que optarem pela isenção terão as informações cruzadas no sistema do governo, para analisar se realmente são beneficiários.
Editais do concurso unificado
O processo para o concurso será feito a partir da publicação de diferentes editais, que ainda serão publicados. O próprio Ministério da Gestão e Inovação fará lives diárias para esclarecer eventuais dúvidas de cada processo. Há expectativa que a rodada de apresentações comece na quinta-feira (11.jan).
Assim, as regras específicas para cada bloco constarão nos respectivos editais. Entre as particularidades de cada processo está, por exemplo, a separação de cotas para indígenas em 30% das vagas a serem oferecidas na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).