Durou cerca de duas horas a primeira reunião entre o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, com autoridades do Equador, para auxílio na crise de segurança que vive o país.
Na manhã desta sexta-feira (12.jan), Rodrigues falou pela primeira vez como secretário-executivo da Ameripol (Comunidade de Polícias das Américas), em reunião extraordinária para discutir a crise no Equador e formas de países membros ajudarem a frear a onda de violência local.
O Equador vive uma onda de ataques de facções criminosas, como a de 3ª feira (9.jan) quando criminosos armados invadiram um estúdio de TV e uma universidade. O início do motim foi a fuga de um dos líderes do crime organizado, de uma penitenciária local.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou estado de emergência no mesmo dia, diante da crise.
O encontro da Ameripol foi convocado pelo diretor-geral da PF e foi feito por videoconferência. Participaram representante do governo do Equador e o chefe da polícia local. Além de dos representantes das polícias da Argentina, Bolívia, Venezuela, Uruguai, Colômbia, Peru, Chile, Haiti, Republica Dominicana, Honduras, Costa Rica, Paraguai, Belize e Guatemala.
No encontro, o diretor-geral da PF anunciou a criação de uma adidância (representante oficial) da polícia brasileira no Equador, troca de informações de inteligência sobre o crime organizado e métodos e meios de se combater facções, com uso de tecnologia para atacar o caixa dos criminosos.
Andrei Rodrigues também colocou a disposição da polícia do Equador, a estrutura para capacitação para enfrentamento à facções. Os demais países envolvidos também apresentaram propostas de cooperação policial.
Os instrumentos de apoio, via Ameripol, serão encaminhados formalmente para o Equador até este sábado (13.jan). A polícia das Américas – equivalente à Europol e a Interpol – existe desde 2007, mas foi efetivada em novembro de 2023, com assinatura de um tratado, o Tratado de Brasília, encabeçado pelo Brasil.