Luana Piovani relembrou a agressão que sofreu de Dado Dolabella em 2008, segundo ela como forma de evitar um endeusamento do ator, agora que Wanessa Camargo, namorada dele, está confinada no “Big Brother Brasil 24”. Sem citar a ex, o filho de Pepita Rodrigues publicou uma indireta nas redes sociais e incluiu uma citação de Coringa, o vilão do “Batman”.
“Todos somos maus em uma história mal contada. ‘Não fale como um deles. Você não é! Mesmo que quisesse ser. Para eles, você é só um louco, que nem eu! Eles precisam de você agora, mas quando não precisarem mais, vão te jogar fora que nem um leproso! Entenda… a moral deles, o código, é uma piada ruim'”, escreveu Dado na legenda, completando na sequência: “Só lembrando. O ponto de vista depende da vista de cada ponto. Fica a dica”.
O que disse Luana: Sombra de Dado no ‘BBB 24’
Luana Piovani disse que a participação de Wanessa Camargo no “BBB 24” faz com que a artista carregue a sombra de Dado Dolabella. “Não importa se hoje ele come ou não come carne. Depois que eu fiz a denúncia, três mulheres vieram falar comigo que apanharam dele. A gente chama quem comete crime de criminoso. Wanessa é muito querida, batalhadora, estudiosa e dona do seu destino, não está lá sozinha, mas com a sombra de um criminoso ao lado dela. Se você acha que tudo bem se relacionar com um cara que já agrediu quatro mulheres, parabéns, é uma escolha sua. Mas, de novo, o Brasil todo passar pano para um criminoso é problema nosso”.
Tapa em boate
O caso ocorreu em outubro de 2008, na Boate 00, na Gávea, Zona Sul do Rio. Naquela noite, Luana Piovani estava comemorando a estreia da peça “Pássaros da noite”, quando ela e Dado começaram a discutir e a atriz alegou ter levado um tapa no rosto, o que foi negado pelo ator. Fontes da época relembram que uma cena de nudez de Luana no espetáculo teria irritado Dado.
Uma camareira tentou apartar a briga, mas foi empurrada, caiu, machucou os punhos e imobilizou dois braços. Ela fez exame de corpo de delito, prestou queixa de lesão corporal na 15ª DP (Gávea) e Luana foi a principal testemunha. A atriz também prestou queixa. Mais tarde, a polícia informou que imagens das câmeras de segurança da boate mostravam o momento da agressão: o ator aparecia empurrando Luana e a camareira. Pelo vídeo, no entanto, não era possível confirmar se um tapa ocorreu. O laudo do exame de corpo de delito feito em Luana, no entanto, confirmou a agressão.
Indiciado e absolvido
Em 13 de novembro de 2008, Dado foi indiciado por lesão corporal leve, sendo enquadrado na Lei Maria da Penha. Ele foi condenado por 2 anos e 9 meses de prisão, em regime aberto. Em março de 2009, o ator ficou preso por 24 horas, por ter desrespeitado uma decisão do 1º Juizado de Violência Doméstica do Rio de manter-se a 250 metros de Luana. No carnaval, ele ironizou a decisão posando para fotos num camarote com uma trena na mão.
O ator recorreu e em 2013 o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) anulou a condenação. A 7ª Câmara Criminal entendeu que o I Juizado da Violência Doméstica e Familiar não tem competência para julgar uma denúncia de agressão feita pela atriz contra o ex-namorado, com base na Lei Maria da Penha. O desembargador Sidney Rosa da Silva disse ainda que é “público e notório que a indicada vítima nunca foi uma mulher oprimida ou subjugada aos caprichos do homem.”
Caso no Supremo Tribunal de Justiça (STJ)
Em 2014, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão de primeira instância que condenou Dado Dolabella, pela Lei Maria da Penha, por ter agredido, em 2008, Luana Piovani, sua então namorada, e a camareira da atriz.
A defesa de Dado alegou que o fato não se enquadrava na Lei Maria da Penha, pois Luana não era hipossuficiente, nem vulnerável. O advogado do ator argumentou também que os dois mantinham uma “relação transitória” e não moravam juntos. Por esses motivos, Dado havia ganho a causa em segunda instância.
Para o STJ, o fato de a agressão ter sido resultado da relação amorosa que eles mantinham é suficiente para punir Dado com base na Lei Maria da Penha. Por unanimidade, os cinco ministros entenderam que a lei serve para proteger a mulher dentro e fora de casa, não sendo necessário a vítima morar junto com o agressor.
Sem punição
Apesar disso, Dado não cumpriu pena. Por esses dois crimes, ele poderia ter ficado preso por até dois anos e nove meses. Porém, a agressão prescreveu. Na época, Dado comentou a decisão judicial em seu perfil no Instagram: “Há seis anos, eu estava dormindo com inimigo e não sabia. Muito cuidado com quem você se relaciona. Sempre!”. Luana também se manifestou na rede social: “Ufa! Seis anos depois, a Justiça cumpriu seu papel! Agora, como pode um desembargador advogar dizendo que só as mulheres hipossuficientes merecem a proteção de Estado?!?”.