TJD/RJ indefere pedido do Vasco para que partida contra o Fluminense fosse impugnada

A presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ), Renata Mansur, indeferiu no final da noite desta sexta-feira pedido do Vasco para que a partida contra o Fluminense pelo Campeonato Carioca, realizada na quarta-feira, fosse impugnada. O clube questionou as decisões tomadas em campo pelo árbitro Bruno Mota Correia e solicitou a anulação dos efeitos dos cartões aplicados aos jogadores de ambas as equipes e que uma nova partida fosse marcada com outra equipe de arbitragem.

Em sua decisão, Renata Mansur alegou que “a medida é extrema e excepcional e somente pode ser concedida pela presidência, em sede liminar quando tratar-se de flagrante erro de direito perpetrado pela arbitragem e, ainda assim, com a devida cautela de APENAS se limitar a não homologar o resultado e remeter o caso à dilação probatória, se for o caso, eis que as consequências são irreversíveis de uma anulação de partida”.

Ela prosseguiu citando a peculiaridade de os clubes terem o poder de escolherem o árbitro do jogo em conjunto. E também pontuou que o relatório da Good Game apontou que o árbitro teve 102 atuações ao longo da partida e que foi constatado apenas um erro de baixo impacto, o que caracteriza que a arbitragem não interferiu no resultado da partida.

“Nesse sentido, confirmado está, com dados técnicos, que não houve erro de direito no caso, apto a ensejar a anulação da partida e permitir o uso do instituto da impugnação para ceifar do campeonato o clássico ocorrido na última quarta-feira”, disse Mansur na decisão.

“Ademais, a estabilidade e segurança jurídica das competições não podem ficar vulneráveis e o árbitro de campo é soberano para tomar as decisões em detrimento do VAR, além de ser o mais apto a sentir a “temperatura do jogo”, concluiu.

Durante a partida, cinco jogadores do Vasco foram penalizados com cartões. Mendel foi expulso com cartão vermelho direto. Já João Victor, Zé Gabriel, Payet e Vegetti receberam cartão amarelo. Com os cartões mantidos, o Cruz-maltino não poderá contar com Mendel, que terá que cumprir suspensão automática, e com João Victor, que recebeu o terceiro amarelo, para a partida contra o Botafogo, neste domingo.

Desde o dia da partida o Vasco e FERJ trocaram farpas através de notas oficiais. Primeiro, o clube divulgo uma carta chamada “contra tudo e contra todos” em que adjetivou a arbitragem de campeonato de forma negativa e pediu a suspensão do árbitro da partida. Em seguida, a FERJ comunicou que estava disposta a receber representantes dos clubes para rebater a arbitragem.

O Vasco, novamente, respondeu através de nota e fez uma nova solicitação. Disse que queria um árbitro Fifa de fora do Rio de Janeiro para apitar o clássico contra o Botafogo. E pediu também que caso não houvesse tempo hábil, que o clássico deveria ser remarcado. A resposta do federação foi de que o pedido era sem “propósito”.

Para o pedido de impugnação da partida, o Vasco alegou que “os erros de direito que vem sendo praticados de forma sistêmica pela arbitragem são graves, dão conta de um desconhecimento dos protocolos e regras do futebol por parte dos árbitros e contaminam a integridade dos resultados e o potencial do campeonato em si”. Para esclarecimento, erro de direito é quando a regra do jogo deixa de ser cumprida, ou seja, com cartões mal aplicados e pênaltis não marcados, por exemplo.

Fonte: Extra

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