O Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML de Maceió) recebeu na manhã desta quinta-feira (28) a visita de integrantes da 62ª Promotoria de Justiça da Capital. A equipe do Ministério Público alagoano é responsável pelo controle externo da atividade policial na capital.
Na visita, a promotora de justiça Karla Padilha, que comandou a inspeção, foi recepcionada pelo chefe especial do IML da Capital, perito médico legista Felipe Porciúncula, e pelo chefe de peritos em mortos, o perito médico legista Eduardo Yukishigue. Eles destacaram a importância de receber a equipe do Ministério Público e de poder manter esse diálogo para alinhar condutas de atendimento, melhorando as atividades desenvolvidas pelo órgão.
“Temos algumas urgências a resolver, como o sepultamento dos corpos não reclamados, mas também foi observado a importância de evoluir em protocolos operacionais para acolhimentos de vítimas de grupos vulneráveis e de casos de tortura. Iremos trabalhar essas e outras situações, identificadas nessa reunião, para conseguir de forma célere implantar tudo isso num curto espaço de tempo”, afirmou o chefe do IML de Maceió.
Após uma reunião para esclarecer dúvidas sobre funcionamento do órgão, como escalas, horários e produção de laudos, a promotora e a equipe visitaram as instalações da unidade. Ela conversou com os peritos médicos legistas plantonistas Claudio Fiuza e Gerson Odilon, com o técnico forense Avelar Filho e com outros funcionários do administrativo e da área operacional do IML.
A promotora de justiça Karla Padilha explicou que a visita é um acompanhamento ordinário que deve ser feito em todas as instituições que integram o sistema de segurança pública. Ela afirmou que o IML é uma peça fundamental nessa equação, onde se consegue a prova de materialidade de crimes violentos, quer resultem em morte ou não.
“Essa visita precedeu outra reunião de trabalho, que tratou sobre o acúmulo de corpos. Além de buscar soluções para gerenciar isso, teremos uma nova reunião, na Secretaria de Segurança Pública, para avançar no que se refere à solução tecnológica de inserção dos laudos completos com anexos num sistema acessível ao promotor de justiça, o qual é o destinatário final de todo o trabalho elaborado pela polícia científica. Como também para a Polícia Judiciária, que precisa desse dado para realizar a investigação adequada”, explicou a promotora de justiça.
Sobre a visita aos blocos administrativo, de exame em vivos e mortos, a promotora elogiou a atual estrutura do IML de Maceió, inaugurada em 2018. Quando a unidade funcionava de forma precária em um prédio antigo no bairro do Prado, a promotoria em que ela atuava chegou a entrar com uma ação judicial para a construção dessa estrutura atual do IML.
“Hoje tivemos um avanço significativo. A estrutura atende as necessidades básicas do setor, agora, obviamente, identificamos outras necessidades que devem ser cobradas para que de fato a gente consiga uma aproximação estrutural do Instituto de Criminalística com o IML, para facilitar os exames e a troca de informações. Com isso, em última análise, quem sai ganhando é toda a população”, disse.