Parlamentares da CPI dos Atos Golpistas se reúnem com Gonet para tratar do 8 de janeiro

Relatora da CPI concluída em outubro, Eliziane Gama diz que chefe da PGR citou 'agilidade' em investigação. Parecer final da comissão pediu indiciamento de Bolsonaro e mais 60.

Parlamentares que integraram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Golpistas em 2023 se reuniram nesta quarta-feira (6) com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, para tratar das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro daquele ano.

Antonio Augusto/Secom/PGR

Procurador-geral da República, Paulo Gonet, e parlamentares que participaram da CPI dos Atos Golpistas em 2023

A CPI dos Atos Golpistas foi instalada em maio de 2023 e encerrou seus trabalhos em outubro. O colegiado era composto por 16 deputados titulares e 16 senadores titulares. O objetivo da comissão era investigar as invasões às sedes dos três poderes no dia 8 de janeiro.

O relatório final do colegiado foi elaborado pela relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e aprovado pela CPI no final de outubro do ano passado. O texto pede o indiciamento de 61 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e ex-comandantes das Forças Armadas.

Participaram da reunião nesta quarta (6), a senadora Eliziane, o deputado Rogério Correia (PT-MG) e a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MT).

Após o encontro, a senadora Eliziane disse que o procurador-geral fez um “levantamento geral” – e que as manifestações do Ministério Público Federal estão levando em consideração o relatório da CPI.

“Nós saímos, eu, pessoalmente, o deputado Rogério Correa, a senadora Soraya Thronicke, que estavam presentes na reunião, nós saímos absolutamente felizes e satisfeitos de que o trabalho que nós tivemos aí de cinco meses na CPI foi um trabalho extremamente produtivo e proveitoso e que hoje a PGR está fazendo valer, de fato, o trabalho que nós tivemos de investigação”, afirmou.

Eliziane disse ainda que Gonet não deu prazo, mas que o PGR afirmou que o trabalho está sendo feito com “agilidade”.

Assim que concluídos os trabalhos do colegiado, em outubro, o documento foi entregue a diversas autoridades, entre elas, a procuradora-geral interina, Elizeta Ramos.

Na época, Gonet ainda não tinha assumido o cargo de PGR, o que só ocorreu em dezembro do ano passado.

Fonte: g1

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