O Ministério Público de Alagoas ofertou denúncia nesta sexta-feira, 08, contra o policial reformado de Sergipe, José Nilton Barros, pela morte de Danilo dos Santos Oliveira, 22, ocorrida no início do ano em São José da Tapera. Outra pessoa envolvida no crime, identificada como Dorival Moraes dos Santos, também foi denunciada.
A dupla é acusada de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
No dia do crime, ocorrido em 06 de janeiro deste ano, Danilo dos Santos consumia bebidas alcoólicas com amigos em casa quando se desentendeu com seu tio. Depois de um tempo, outro parente da vítima, Dorival Moraes, chegou ao local em um carro acompanhado de José Nilton.
Após descer do veículo, o policial reformado se aproximou da vítima e passou a agredi-la a coronhadas. Já Dorival Moraes efetuou cinco disparos de arma de fogo contra a vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu. José Nilton foi preso em flagrante e Dorival fugiu, sendo preso posteriormente.
Filho foragido por feminicídio
O PM José Nilton é pai de Leandro Pinheiro Barros, que também é acusado de ser autor de outro crime ocorrido em São José da Tapera, em frente ao fórum, relembra o promotor de Justiça. O feminicídio ocorreu em junho de 2023, vitimando Mônica Cristina Alves Barros, com quem Leandro era casado.
De acordo com inquérito policial, Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, 26 anos, foi assassinada pelo marido com um tiro no peito e morreu antes mesmo de receber socorro médico, em frente ao Fórum da cidade, nas proximidades da casa onde a família morava, em São José da Tapera.
Informações da Polícia Civil dão conta que o casal estava em uma festa de São João e tiveram uma discussão. O homem teria ido embora e deixado Mônica, que voltou para casa andando. Ao chegar à residência, a discussão recomeçou e o acusado atirou contra a vítima.
Minutos antes do crime, Mônica chegou a gravar vídeos relatando que vivia em um relacionamento abusivo e com pedido de ajuda. “Quem achar esse celular, se eu tiver morta foi ele quem me matou. Ele é abusivo e quer atirar em mim”, diz Mônica no vídeo.
O promotor de Justiça Fábio Bastos pede para que a população ajude o poder público a encontrar o homem, que se encontra foragido.
“O caso teve repercussão nacional, e o acusado está foragido até hoje. Inclusive, pedimos à população que, caso tenha alguma pista, não deixe de acionar as autoridades”, ressaltou o promotor de Justiça.
Qualquer notícia sobre o paradeiro de Leandro Pinheiro Barros pode ser repassada para o número de telefone 191.
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