Conhecido como o “homem do pulmão de aço”, Paul Alexander, sobrevivente da poliomielite, morreu na última segunda-feira (11) aos 78 anos de idade em Dallas, no Texas (EUA).
A informação foi confirmada pelo irmão dele Philip Alexander em uma postagem no Facebook. A causa da morte, porém, não foi divulgada.
“Foi uma honra fazer parte da vida de alguém tão admirado quanto ele. Ele tocou e inspirou milhões de pessoas e isso não é exagero”, escreveu Philip.
Paul contraiu a doença em 1952, aos seis anos, deixando-o paralisado do pescoço para baixo – e sem conseguir respirar.
Por causa disso, no mesmo ano, médicos optaram por colocá-lo em um “pulmão de aço”, um cilindro de metal que o acompanhou por sete décadas.
“Desde então, Paul foi para a faculdade, tornou-se advogado e autor publicado. Sua história viajou longe, influenciando positivamente pessoas ao redor do mundo. Paul foi um modelo incrível que continuará sendo lembrado”, disse Christopher Ulmer, que organizou uma plataforma americana de crowdfunding para ajudar a custear os cuidados com sua saúde.
“Paul, sua falta será sentida, mas sempre lembrada. Obrigado por compartilhar sua história conosco”, completou.
Entenda o que é o pulmão de aço
Um pulmão de aço (ou pulmão de ferro) é um dispositivo médico usado para ajudar na respiração de pessoas paralisadas devido à poliomielite.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos o descreve como uma máquina de metal que imita o padrão respiratório humano.
Ele é alimentado por eletricidade, mas pode ser operado manualmente. O dispositivo tem janelas e portas de acesso para cuidados médicos e um espelho para que os pacientes possam interagir com os outros.
Hoje em dia, porém, devido à vacinação generalizada contra a poliomielite, o uso do pulmão de aço é extremamente raro.