O réu Felipe Cristiano da Silva, acusado de assassinar o gari Renilson Freire de Souza dentro de um ônibus após se recusar a usar a máscara de proteção contra a Covid-19 no ano de 2021, foi condenado a sete anos, três meses e 15 dias de reclusão.
Inicialmente, os jurados decidiram que a pena seria cumprida em regime semi-aberto em estabelecimento prisional adequado no Estado. Contudo, o juiz José Braga Neto, que comandou o Júri Popular, avaliou os argumentos da acusação e decidiu manter a prisão do réu uma vez que sua soltura colocaria em risco da ordem pública. A defesa vai recorrer da decisão.
Para o magistrado, o modus operandi utilizado pelo acusado no crime é gravissímo uma vez que foi praticado dentro de um ônibus lotado. “Quanto às circunstâncias do delito, vê-se que o crime em tela fora cometido dentro de um ônibus lotado de pessoas, em um horário de tráfego intenso de passageiros. Assim, vê-se que o modus operandi empregado pelo acusado é gravíssimo, pois praticou o crime diante de várias pessoas, em atitude demasiadamente violenta e sanguinária, causando perplexidade em todos ao redor,razão pela qual tenho a presente circunstância como desfavorável ao réu”, analisa o juiz.
Matéria referente ao processo nº 0700911-98.2021.8.02.0067