Menor morto em frente à escola entrou em briga generalizada para defender amigo, diz PC

Autores materiais do crime também teriam sido convocados ao local por outro estudante, mas não estudavam na unidade.

A Polícia Civil de Alagoas esclareceu que o jovem de 15 anos, Lázaro André Bezerra de Oliveira, morto durante uma briga generalizada em frente à Escola Estadual Deputado Rubens Canuto, localizado no Complexo Benedito Bentes, parte alta de Maceió, não era o alvo inicial dos agressores e teria se envolvido na situação apenas para defender um amigo.

Reprodução

Lázaro André Bezerra de Oliveira, 15 anos

Em entrevistas, os delegado Ronilson Medeiros, plantonista que atendeu a situação, e Daniel Mayer, coordenador de polícia da Região Metropolitana, explicaram que o caso se iniciou ainda durante o intervalo das aulas, na cantina da unidade, quando um jovem teria zombado de outro.

A parte ofendida teria então convocado quatro amigos, que não estudavam lá, para aguardá-lo na porta da escola ao término do horário letivo. Dois deles são os jovens, de 16 e 17 anos, já apreendidos pelas autoridades.

Neste momento, o estudante que teria zombado do colega anteriormente, foi abordado e provocado, mas não reagiu, até o momento em que foi atingido por um soco. Neste momento, Lázaro, que acompanhava o amigo, tentou intervir e teve início uma briga generalizada. Neste momento ele foi atingido também por um soco, dado por um dos infratores. Logo depois, o outro, o atingiu com um canivete pelo menos seis vezes.

Neste momento a vítima cai no chão e outros jovens que aparecem ao redor, filmando ou alguns até incentivando o confronto físico se dão conta da gravidade, se desesperam. Alguns tentam acionar a polícia e o socorro médico, enquanto outros tentam ajudar Lázaro André, que chegou a ser socorrido ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas acabou não resistindo e morrendo.

Os delegados confirmaram ainda que por se tratarem de dois menores de idades, eles são tratados como menores infratores e foram apreendidos pelo ato análogo ao crime de homicídio. Ambos já foram ouvidos por autoridade policial e apresentados ao representante do Ministério Público Estadual (MPAL). Os investigadores enfatizaram a necessidade de que eles também recebam acompanhamento psicológico.

A respeito dos estudantes envolvidos inicialmente na briga, a Polícia confirmou que eles devem ser identificados e depois ouvidos e que ainda está sendo analisado se o menor que convocou os amigos para emboscada na frente da escola também poderá ser responsabilizado.

Não há até o momento confirmação de nenhum histórico das partes envolvida em relação a outros atos violentos ou consumo de entorpecentes.

Agora, o caso deverá ter prosseguimento sob comando do delegado da Delegacia de Homicídios, Felipe Caldas, que deverá concluir o inquérito até a próxima semana.

O corpo da vítima foi recolhido a Instituto Médico Legal (IML), reconhecido por uma irmã e uma prima e liberado para sepultamento no início da tarde. O velório aconteceu no Cemitério São Luís, no bairro da Santa Amélia.

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