Justiça determina reintegração de soldado expulsa da PMDF após ser avaliada com transtorno do espectro autista

Corporação afirma que condutas da policial eram destoantes durante curso de formação de praças. PMDF não se manifestou sobre decisão.

A Justiça do Distrito Federal determinou a reintegração de uma soldado expulsa da Polícia Militar, em setembro do ano passado, após ser avaliada com transtorno do espectro autista (TEA). O g1 questionou a corporação sobre a decisão, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Andre Borges/Agência Brasília

Veículos da Polícia Militar do DF

O primeiro atendimento psicológico da policial aconteceu em outubro de 2022, e uma avaliação psicológica foi solicitada pela PMDF em dezembro do mesmo ano. A justificativa da corporação eram “condutas destoantes durante o curso de formação de praças — como intervenções desconexas, choro compulsivo e baixo grau de concentração“.

Na decisão, o desembargador João Egmont afirmou que “os resultados da avaliação neuropsicológica feita à parte pela policial militar apontam padrão cognitivo acima da média esperada para a idade e não apresentam sintomas sugestivos de transtornos de aprendizagem ou déficit de atenção”.

O magistrado determinou o retorno da soldado às atividades até que o julgamento do processo termine, ou ocorram fatos novos que justifiquem a reavaliação da medida.

Um dos advogados da militar aponta que ela nunca havia sido diagnosticada com autismo e que, mesmo que tivesse, não deveria ser um impeditivo para estar na corporaçãoO advogado diz ainda que o autismo não está na lista de doenças e condições que causam incapacidade para o trabalho de policial.

Fonte: g1

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