Confusão com motorista de app e 7 tiros contra colega: o que se sabe sobre o caso do PM de folga morto por outro policial na Zona Sul de SP

Caso ocorreu na noite desta sexta (30), na Vila Andrade, e é investigado pela Secretaria da Segurança Pública. Segundo boletim de ocorrência, policial em ronda desconfiou da atitude da vítima, que estava de capacete e com a arma em punho na direção de um carro, e efetuou os disparos.

Um policial militar que estava de folga morreu nesta sexta-feira (29) após ser baleado por outro policial durante uma ação de patrulhamento na Vila Andrade, na Zona Sul de São Paulo. O PM morto fazia parte do COE (Centro de Operações Especiais), batalhão especial da polícia.

Reprodução

Homenagem do Batalhão de Operações Especiais da PM de SP

Segundo boletim de ocorrência, os agentes Bruno Henrique Matielo e Gildo Aparecido Amorim estavam em uma ronda na região quando avistaram um homem de capacete apontando a arma para um carro e interpretaram a situação como um assalto.

O PM Bruno Matielo atirou e acertou sete disparos no então suspeito.

Após ser baleado, o homem se identificou como Rahoney de Paula Vieira, de 31 anos, cabo da Polícia Militar. Ao reconhecer a vítima, o policial Gildo Amorim notou que ambos haviam trabalhado juntos no mesmo batalhão oito anos antes.

Bruno e Gildo usavam câmeras corporais.

Confusão com motorista de aplicativo

O cabo Rhaoney estava de folga, à paisana, e abordou o carro pois achou a atitude suspeita. No entanto, o motorista disse que estava tendo problemas com o GPS do aplicativo e, por isso, estava dando voltas na região.

Em depoimento à polícia, ele disse que estava fazendo uma manobra para retornar a uma rua quando foi surpreendido pelo policial com a arma em punho. Segundo o motorista, não houve qualquer discussão prévia no trânsito entre eles.

Tentativa de socorro

Rahoney foi atingido por sete disparos de arma de fogo: três na região do abdômen, dois no braço direito, um na região do tórax e um no cóccix.

Um vídeo feito por moradores da região mostra os policiais tentando reanimar Rahoney. Um deles leva as mãos à cabeça, preocupado com a situação.

Eles carregam o colega e o colocam dentro da viatura. Rahoney foi levado ao Hospital Albert Einstein, também na Zona Sul, mas não resistiu aos ferimentos.

Homenagens

Em um post nas redes sociais, o Batalhão de Operações Especiais lamentou a morte do policial.

“Somos gratos por todo legado deixado. Nesse momento de dor, unimos nossos sentimentos aos familiares e elevamos nossos pensamentos a Deus rogando-lhe que, por meio de seu grande amor, possa consolar os corações e curar as feridas dessa separação”, diz trecho da publicação.

A esposa também se manifestou nas redes sociais. “Vou te amar para sempre 🖤”, escreveu. Os amigos também deixaram comentários na publicação. Rahoney deixa esposa e um filho.

Homenagem da esposa em rede social — Foto: Reprodução/InstagramHomenagem da esposa em rede social — Foto: Reprodução/Instagram

Investigação

O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso. A Polícia Militar também abriu um inquérito.

O cabo Raonei de Paula Vieira, de 31 anos, foi baleado e morto por outros policiais — Foto: Reprodução/TV GloboO cabo Raonei de Paula Vieira, de 31 anos, foi baleado e morto por outros policiais — Foto: Reprodução/TV Globo

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