Pai e filho foram assassinados por assaltantes durante um roubo a um mercado no domingo (31) em Muliterno, no Norte do Rio Grande do Sul. As vítimas foram identificadas como Luiz Brollo Sobrinho, de 71 anos, e Fábio Junior Brollo, de 44. O estabelecimento comercial é da família. Os suspeitos de envolvimento no crime ainda não foram localizados.
Câmeras de segurança do mercado registraram o que aconteceu. As imagens mostram que um dos bandidos rouba clientes que estavam sentados ao redor de uma mesa. Na sequência, no caixa, um deles anuncia o assalto.
As imagens mostram também quando um dos filhos de Luiz reage e é agredido. Nesse momento, as vítimas se envolvem em uma luta corporal e Fábio é baleado. O pai sai do local e retorna agredindo um dos criminosos com um bastão. Após, é atingido por um tiro à queima-roupa.
Luiz morreu na hora e Fábio no hospital. O outro filho também foi socorrido, mas não corre risco de morrer.
A Brigada Militar (BM) fez um cerco no trevo de acesso à cidade e encontrou, ainda no domingo, o carro em que os bandidos estavam. Ele estava abandonado em uma região de matagal. A investigação está sendo realizada através da delegacia de Polícia Civil da cidade de Ciríaco. Já há suspeitos de envolvimento no crime.
Choque
A cidade de cerca de 1,7 mil habitantes está em choque. A maioria conhecia ou tinha algum vínculo com as vítimas.
“Eu tava dormindo. Eu acordei com o meu pai, que é filho e irmão dos falecidos, chorando. Não acreditava no que tinha acontecido. Eu perguntei o que que havia acontecido. Quando ele falou que o Fábio e o vô estavam mortos, eu entrei em choque”, diz Diogo Brollo, neto e sobrinho das vítimas.
“Não acreditei. Porque o vô conhece todo mundo. Não faz mal pra ninguém. O Fábio também sempre tentou ajudar, sempre que possível. Não brigava com ninguém, nunca discutia, sempre tentou ajudar. [Os criminosos] não vieram roubar e não levaram nada. Só roubaram a vida do fábio e do vô”, lamenta.
“Sempre disposto a ajudar, a gente se ajudava. Sempre tranquilo. Eu, todos os dias lá em casa, a filha dela, todos os dias fica lá em casa, minha netinha, é triste. Pra mim, tá muito triste”, conta Adelar Parizotto, sogro de Fábio.