A Polícia Civil de Uberlândia divulgou nesta segunda-feira (1°) que concluiu o inquérito que investigava um idoso de 72 anos por estupro contra a própria neta de 5 anos, em Uberlândia. O caso aconteceu no Bairro Residencial Integração e ele, que é pastor, foi preso em flagrante no dia 11 de março.
Em depoimento, a mãe da menina contou que já ocorreram outros dois episódios anteriores com a criança e o avô. Ela relatou ainda que a avó materna disse que ela não deveria tomar providências, já que o marido é pastor e o caso poderia gerar um escândalo.
A delegada Lia Valechi explicou que a denúncia do crime foi feita pela mãe da menina, após buscar a filha na casa dos avós maternos. Ao levá-la para o banho, notou ferimento na parte íntima da criança, que contou da violência sexual cometida pelo avô.
A mãe da menina contou à delegada dos outros dois episódios da criança com o avô, um há 1 mês e outro há 8 meses. Todos foram cometidos na casa dos avós, onde a criança tinha o costume de ficar.
“O que chama a atenção é que mesmo diante do relato de abuso sexual, a mãe continuou permitindo e deixando a criança na companhia do avô. A avó, a quem era confiado os cuidados com a criança, também permitiu que a criança continuasse tendo contato com o avô”, observou a delegada.
A delegada informou que o idoso foi indiciado por estupro de vulnerável e segue preso, desde o dia 11, no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia.
“A mãe e a avô pelo mesmo crime, mas na modalidade omissiva, por terem o dever de evitar o novo crime e não o fizeram”, disse a delegada.
A Polícia Civil informou que as duas estão em liberdade e que a mãe está com criança, acompanhada pelo Conselho Tutelar.