Uma estudante de 11 anos foi arremessada de um ônibus em movimento enquanto voltava da escola em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O acidente aconteceu no último dia 4 de abril. Testemunhas relatam que o veículo da empresa Santo Antônio estava circulando com uma das portas abertas, e a menina acabou caindo na rua ao tentar desembarcar.
Familiares de Letícia Carneiro Salles afirmam que ela havia sinalizado para descer no bairro Pantanal. Ao se dirigir para a porta e se preparar para desembarcar, o motorista não teria parado, e devido à alta velocidade, a menina foi lançada para fora do ônibus.
Letícia foi socorrida por pessoas que estavam no local e levada para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. A criança precisou passar por uma cirurgia devido a uma fratura na clavícula.
A mãe da menina denuncia que a empresa de ônibus não prestou nenhuma assistência, e Letícia agora precisa ficar dois meses sem frequentar a escola ou fazer qualquer atividade física.
“É uma menina alegre, que hoje não pode ir para a escola, não pode fazer suas atividades diárias. Ela está precisando de mim para tudo porque está operada devido a esse acidente”, conta Ingrid Carneiro.
Acidente foi filmado
Câmeras de segurança de uma loja registraram o momento em que Letícia foi arremessada para fora do ônibus.
Nas imagens é possível ver que um ônibus verde passando de porta aberta, a menina cai na calçada próximo ao meio fio e quase bate em um poste. Duas pessoas que passavam na rua correm para acudi-la.
Hoje, Letícia sofre com fortes dores devido ao incidente.
“Quando chega a noite, eu sofro para dormir, fico acordada por conta da dor. Fico muito triste por não poder dançar, não poder fazer as coisas que eu gosto. Preciso da minha mãe para tudo, para tomar banho, pentear o cabelo, comer, para tudo isso. É muito triste”, diz Letícia.
Em nota, o TransÔnibus, sindicato que representa as operadoras de transporte de Nova Iguaçu e mais oito municípios da Baixada, informou que a empresa Transportes Santo Antônio lamenta o ocorrido e encaminhou o profissional envolvido para reforço de treinamento.
A empresa afirma ter feito contato para oferecer apoio à família. O sindicato alega que a família recusou auxílio e pediu para que todos os contatos fossem feitos através dos advogados.