A empresária morta a tiros pelo ex-marido dentro de loja uma loja em Anápolis, a 55km de Goiânia, pediu socorro e implorou para que o homem parasse, conforme a denúncia do Ministério Público de Goiás. Um vídeo mostrou o momento em que o suspeito entrou no escritório, deu um tapa na mulher e, em seguida, efetuou os disparos.
Conforme o MP, após a agressão, testemunhas ouviram a mulher gritar: “Não faz isso não, para, socorro”. Em seguida, foram feitos os disparos.
O homem foi denunciado por descumprir medida protetiva, por violência doméstica contra a mulher, homicídio por motivo torpe e porte ilegal de arma.
Ao g1, o advogado do suspeito argumentou que o cliente é um Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), e que por isso tinha arma de fogo. Quanto ao crime de homicídio, o defensor afirmou que as provas não foram devidamente apresentadas.
Conforme o MP, o homem atirou três vezes contra a mulher. Ele descumpriu a medida protetiva que o obrigava a manter distância de 300 metros da vítima.
O crime ocorreu no último dia 28 de março. A loja de autopeças pertencia ao ex-casal, mas era administrada por Regiane desde a separação. Segundo o MP, Regiane e o ex-marido tiveram um desentendimento sobre a divisão dos bens.
Entenda o caso
Conforme o MP, no dia 28 de março, por volta das 13h, a vítima pediu que uma funcionária fosse até a outra loja, administrada pelo ex-marido, pedir que ele ajudasse a encontrar a chave de um cofre onde ficavam guardadas suas joias. Segundo a funcionária, ele autorizou que ela procurasse o objeto e disse que iria até o carro buscar algo. O suspeito, então, pegou a arma do crime e foi até a loja vizinha, descumprindo a medida protetiva.
Ao chegar ao local, ele passou por dois funcionários, e se dirigiu ao escritório onde estava Regiane, onde agrediu a mulher e, posteriormente, efetuou os três disparos. Os funcionários ouviram os gritos de socorro da vítima, mas, quando chegaram ao local, ela já estava morta.
Segundo o MP, ao sair da loja rumo ao carro, o homem ainda fez um outro disparo em via pública e depois fugiu. Na cidade de Senador Canedo, o suspeito entregou o carro e a arma usada no crime a um sobrinho e fugiu em outro veículo. Ao ser interrogado, o sobrinho alegou que só foi até o local após ser induzido ao erro. Ele não foi denunciado.
O suspeito fugiu para Tocantins, onde foi preso.