Após se encontrar com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no último domingo (21), a expectativa é quanto à reunião do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Nesta sexta-feira (26), pela manhã, o presidente Lula participa de um evento em Nova Lima, município da região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A cerimônia será para inaugurar uma fábrica de insulina de uma farmacêutica.
Apesar de Lula ir a Minas Gerais, base eleitoral de Pacheco, um eventual encontro com o presidente do Senado não está confirmado.
Na quinta (25), Pacheco disse que deve se reunir com Lula somente na semana que vem.
Havia a expectativa de que os dois se encontrassem até sábado (27) para tratar de projetos de interesse do governo em tramitação no Congresso Nacional. A previsão foi dada pelo próprio presidente da República em café da manhã com jornalistas, na terça (23).
“Eu pretendo conversar com o Pacheco, junto com o Jaques Wagner e junto com o Randolfe [Rodrigues], para gente discutir a pauta no Senado. Isso é certo, e possivelmente aconteça essa semana”, afirmou Lula.
Um dos itens na pauta do Senado é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Quinquênio, que tem potencial de impactar as contas públicas em cerca de R$ 40 bilhões, a depender da quantidade de categorias contempladas com o adicional de 5% a cada cinco anos de serviço público. O governo federal articula para barrar o avanço da proposta, que, por outro lado, tem apoio do presidente do Senado.
Mas não é só isso que está em discussão. Uma série de projetos — chamadas pautas-bomba — está em tramitação no Congresso.
Nesta semana, para evitar derrotas, o governo articulou o cancelamento de uma sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado para a análise de vetos presidenciais. Entre eles, o veto que não restringe tanto as saidinhas de presos do regime semiaberto — ao contrário da decisão anterior do Congresso –, o veto que estipula um calendário para a liberação de emendas parlamentares e o veto a R$ 5,6 bilhões em emendas de comissões do Parlamento.